A literatura mística feminina e a escrita da História na Baixa Idade Média ocidental
Autor: | André Luis Pereira Miatello |
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Rok vydání: | 2020 |
Předmět: |
Subjectivity
History Historiografia medieval media_common.quotation_subject Field (Bourdieu) 05 social sciences Idade Média 0507 social and economic geography Historiography Historiografia 06 humanities and the arts Art 060202 literary studies 050701 cultural studies Mulheres Fable Mística 0602 languages and literature Narrative Middle Ages Humanities Objectivity (philosophy) Mysticism media_common |
Zdroj: | Repositório Institucional da UFMG Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
ISSN: | 1983-9928 |
DOI: | 10.15848/hh.v13i33.1519 |
Popis: | CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Michel de Certeau classifica a linguagem mística como “fábula”, isto é, como algo que precisa ser dito e que constitui uma forma especial de enunciação da experiência histórica; como enunciação, a mística constitui uma “prática de escrita” que pretende redefinir os limites do dizível, do real e do verdadeiro; durante a Idade Média, a escrita mística feminina inseriu as mulheres no campo da historiografia, até então marcadamente masculina, pela qual fabricaram uma linguagem específica de enunciação da vida interior que se apresenta sob a forma de narrativas biográficas. Neste texto, serão estudadas Li Vida de la Benaurada Sancta Doucelina e Il Memoriale di Angela da Folignoproduzidas por mulheres da Baixa Idade Média desde a perspectiva da narrativa de memória para entender se e como a linguagem mística engendra novas formas de narrar a história e se essas formas indicam novos caminhos para entendermos as noções de objetividade, subjetividade e alteridade na história e na historiografia ocidental. Mystic language is classified by Michel de Certeau as “fable”, that is, as something that must be said and that constitutes a special form of enunciation of historical experience; as enunciation, mysticism constitutes a “writing practice” that seeks to redefine the limits what is sayable, real, and true. During the Middle Ages, female mystical writing inserted women in the field of historiography, which used to be completely composed of males. Through mystical works, they fabricated a specific language of enunciation of the inner life, one that presents itself in the form of biographical narratives. This paper examines Li Vida de la Benaurada Sancta Doucelina and Il Memoriale di Angela da Foligno, documents produced by women of the Late Middle Ages, from the perspective of narrative memory to understand if and how mystical language creates new ways of narrating history and whether these forms indicate new ways of understanding the notions of objectivity, subjectivity and otherness in Western History and Historiography. |
Databáze: | OpenAIRE |
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