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A brucelose bovina é uma doença presente em todo o mundo, no Brasil ela se encontra endêmica em todos os estados. Por ser uma zoonose e acarretar problemas socioeconômicos a brucelose possui um enfoque particular entre as doenças que acometem os animais de produção, cujo o Estado brasileiro deseja erradicar. Em um contexto histórico, o Brasil iniciou seu maior passo rumo a erradicação da doença em meados de 2004 onde se materializou em um conjunto de instruções normativas o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT) bovina e bubalina para todo o território brasileiro. Até esta data era sabido que a brucelose era uma doença endêmica nos diversos estados brasileiros e que a região do centro-oeste do Brasil apresentava maior incidência da doença em meio aos bovinos e bubalinos. Após então doze anos de programa esse estudo visou avaliar a efetividade no cumprimento do seu maior objetivo, a erradicação da brucelose. Este trabalho apresenta a evolução epidemiológica da brucelose entre os anos de 2012 e 2015 na região centro-oeste do Brasil. A efetividade do programa no centro-oeste se mostrou regular quando analisado todo a região, porém notou-se fragilidades que precisam ser melhor observadas para que o programa de erradicação e controle da brucelose bovina no Brasil não venha estagnar. Os estados do Goiás e Mato Grosso apresentam baixa prevalência, entretanto com base nas notificações não foi notória a eficiência do programa para a erradicação da doença, pois em todos os anos a prevalência da doença se manteve equivalente, já o Distrito Federal e Mato Grosso do Sul a apresentaram queda progressiva ao longo dos anos analisados. O PNCEBT tem se mostrado efetivo na diminuição de casos de brucelose, porém com alguns obstáculos na erradicação, que é o objetivo principal do programa. A subnotificação e os pequenos produtores que não aderem ao programa são pontos a serem melhorados. Em que pese, é importante salientar que se faz necessário pesquisas que gerem dados mais exatos para que, avalie-se a real eficácia do programa, não baseando apenas em casos notificados, mas a circulação da doença no rebanho nacional. |