Uso de Álcool e outras Substâncias Psicoativas por Estudantes Universitários de Psicologia

Autor: Sandra Cristina Pillon, Manoel Antônio dos Santos, Isabella Tereza Martins Pires, Marciana Gonçalves Farinha
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Psicologia: Ciência e Profissão, Volume: 40, Article number: e191670, Published: 18 NOV 2020
Psicologia: Ciência e Profissão, Vol 40 (2020)
Repositório Institucional da USP (Biblioteca Digital da Produção Intelectual)
Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
Psicologia: Ciência e Profissão v.40 2020
Psicologia (Conselho Federal de Psicologia. Online)
Conselho Federal de Psicologia (CFP)
instacron:CFP
Popis: Resumo O consumo de substâncias psicoativas (SPAs) cresce em escala global, especialmente entre universitários. Este estudo tem como objetivo avaliar o padrão de uso de álcool e outras SPAs em estudantes universitários. A amostra foi composta por 180 graduandos de Psicologia que preencheram um questionário sociodemográfico e instrumentos de rastreamento do uso de SPAs validados para o contexto brasileiro. Os resultados evidenciaram maior prevalência do uso de álcool: 81,7% na vida, 67,6% nos últimos três meses e 55% no padrão binge. Dentre os motivos endossados para o consumo destaca-se o convívio universitário, porém o fator mais valorizado foi o álcool como potencializador do desejo de fumar, seguido de sua percepção como fator gregário em festas/reuniões sociais e como facilitador do enfrentamento de estresse. As pressões da vida universitária geram insegurança e instabilidade que deixam os jovens universitários mais suscetíveis à influência dos pares e à busca de diversão e descontração em ambientes de festas, nas quais o consumo é estimulado e facilitado, o que pode favorecer o beber em quantidade excessiva. Esse padrão de consumo pode se associar a outros comportamentos de risco, como dirigir sob efeito do álcool, manter relações sexuais sem proteção ou envolver-se em distúrbios da ordem pública e infrações à lei. Considerando que os jovens fazem uso em excesso de SPAs sem um suporte social comunitário adequado, é necessário investir em programas de prevenção e políticas públicas guiadas pelas noções de autocuidado, protagonismo e participação ativa na própria reabilitação. Abstract The consumption of psychoactive substances (SPAs) grows worldwide, especially among university students. This study evaluated the pattern of alcohol use and other SPAs in psychology students. The sample consisted of 180 Psychology undergraduates who filled out a sociodemographic questionnaire and instruments for tracking the use of SPAs validated for the Brazilian context. The results showed a higher prevalence of alcohol use: 81.7% in life, 67.6% in the last three months and 55% following a binge pattern. Among the reasons endorsed for the consumption stand out university conviviality, but the most valued factor was alcohol as a potentiator of the desire to smoke, followed by its perception as a gregarious factor in parties/social gatherings and as a facilitator to cope with stress situations. The pressures of university life create insecurity and instability, which make university students more susceptible to peer influence and the search for fun and relaxation in party environments where drinking is stimulated and facilitated, which may favor binge drinking. This pattern of consumption may be associated to other risk behaviors, such as driving under the influence of alcohol, having unprotected sex, or engaging in public order disturbances and infractions of the law. Considering that these young people make excessive use of SPAs without adequate social and community support, it is necessary to invest in prevention programs and public policies guided by the notions of self-care, protagonism and active participation in self rehabilitation. Resumen El consumo de sustancias psicoactivas (SPA) crece a escala global, especialmente entre universitarios. Este estudio tuvo como objetivo evaluar el patrón de uso de alcohol y otras SPA por estudiantes universitarios. Compusieron la muestra 180 estudiantes de graduación en Psicología, que respondieron a un cuestionario sociodemográfico e instrumentos de rastreo del uso de SPA validados para el contexto nacional. Los resultados evidenciaron mayor prevalencia del uso de alcohol: el 81,7% en la vida, el 67,6% en los últimos tres meses y el 55% en el patrón binge. Entre los motivos endosados para el consumo se destaca la convivencia universitaria, pero el factor más valorado fue el alcohol como potenciador del deseo de fumar, seguido de su percepción como factor gregario en fiestas/reuniones sociales y como facilitador del enfrentamiento de situaciones de estrés. Las presiones de la vida universitaria generan inseguridad e inestabilidad que dejan a los jóvenes universitarios más susceptibles a la influencia de los pares y a la búsqueda de diversión y relajación en fiestas y discotecas donde se estimula y facilita el consumo de alcohol, lo que puede favorecer la costumbre de beber en cantidad excesiva. Ese patrón de consumo puede asociarse a otros comportamientos de riesgo, como conducir bajo el efecto del alcohol, mantener relaciones sexuales sin protección o involucrarse en disturbios del orden público e infracciones a la ley. Considerando que estos jóvenes hacen uso excesivo de SPA sin un soporte social-comunitario adecuado, son necesarios programas de prevención y políticas públicas guiadas por las nociones de autocuidado, protagonismo y participación activa en la propia rehabilitación.
Databáze: OpenAIRE