Infecção experimental com cepas de Schistosoma mansoni, em amostras de Biomphalaria straminea de algumas localidades do Nordeste do Brasil

Autor: E. A. Malek, M. Z. Rouquayrol
Rok vydání: 1986
Předmět:
Zdroj: Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Vol 28, Iss 3, Pp 160-165 (1986)
Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, Volume: 28, Issue: 3, Pages: 160-165, Published: JUN 1986
ISSN: 0036-4665
DOI: 10.1590/s0036-46651986000300004
Popis: In the western part of the State of Bahia Biomphalaria straminea and B. glabrata both occur, but in the majority of cases they do not share the same habitat. In the State of Ceará, however, B. straminea is the sole snail host of Schistosoma mansoni. In this survey, no naturally infected B. straminea was found among snails collected from Bahia and Ceará, evidently because of the very low infection rates. The susceptibility of laboratory-reared specimens to infection with a Puerto Rican strain of S. mansoni was then tested experimentally. In general, the snails showed very low susceptibility. The infection rates were 1.1% among snails from Redenção (Ceará); 2.3% in those from Pentecoste (Ceará); 2.9% in snails from São Desidério (Bahia), while they were very high among an albino strain (NIH) of B. glabrata used as control. Another group of B. straminea from São Desidério was exposed to a Bahian strain of S. mansoni and the infection rate was still very low (3.6%) Apparently, the very low susceptibility of B. straminea, despite high snail density, is correlated with moderate infection rates with S. mansoni among humans, as shown by the results of stool examinations conducted by SUCAM in the municipalities of Redenção and Pentecoste, in Ceará. Na região oeste do Estado da Bahia habitam caramujos das espécies Biomphalaria glabrata e B. straminea os quais, em geral, não coexistem no mesmo habitat. No Estado do Ceará os únicos Hospedeiros intermediários de Schistosoma mansoni são da espécie B. straminea. Neste levantamento não foram detectados B. siraminea naturalmente infectados, nem no Ceará e Bahia. Espécimes de B. straminea, tendo B. glabrata como controle, foram utilizados experimentalmente a fim de se determinar sua suscetibilidade frente a amostras portorriquenhas de S. mansoni. Os referidos B. straminea mostraram baixa suscetibilidade apresentando as seguintes taxas de infecção: 1,1% dentre os caramujos de Redenção-Ceará; 2,3% naqueles provenientes de Pentecoste-Ceará e 2,9% dentre os espécimes colectados em S. Desidério na Bahia. O lote controle, B. glabrata amostra NIH, apresentou elevadas taxas de infecção frente àquela amostra de S. mansoni. Além desta cepa portorriquenha utilizou-se também uma cepa bahiana de S. mansoni cujo teste experimental com B. straminea de São Desidério também demonstrou baixas taxas de infecção, numa média de 3,6%. Aparentemente, a baixa suscetibilidade de B. straminea ao S. mansoni, a despeito da elevada densidade destes caramujos, está em correlação com a prevalência de esquistosomose nas muito elevada no Ceará como mostram os resultados de levantamentos coproscópicos realizados pela SUCAM.
Databáze: OpenAIRE