Recomendações para o registro/interpretação do mapeamento topográfico do eletrencefalograma e potenciais evocados: Parte II: Correlações clínicas

Autor: Nadia Iandoli de Oliveira Braga, Francisco J. C. Luccas, Mario Luiz Frochtengarten, Renato Anghinah, Mário Silva Jorge, Lineu Corrêa Fonseca, Paulo Afonso Medeiros Kanda
Rok vydání: 1999
Předmět:
Zdroj: Arquivos de Neuro-Psiquiatria v.57 n.1 1999
Arquivos de neuro-psiquiatria
Academia Brasileira de Neurologia
instacron:ABNEURO
Arquivos de Neuro-Psiquiatria, Volume: 57, Issue: 1, Pages: 132-146, Published: MAR 1999
ISSN: 0004-282X
DOI: 10.1590/s0004-282x1999000100026
Popis: O EEG digital (DEEG) e o quantitativo (QEEG) representam métodos recém desenvolvidos na prática clínica que, além da utilidade didática e em pesquisa, também mostram importância clínica. As aplicações clínicas são enumeradas a seguir: 1. O DEEG representa um substituto estabelecido para o EEG convencional, pois acrescenta claros avanços técnicos. 2. Algumas técnicas do QEEG são consideradas estabelecidas para uso clínico como adjunto ao DEEG: 2a) detecção automática de possíveis descargas epileptiformes ou crises epilépticas em registros prolongados, facilitando o trabalho subsequente do especialista; 2b) monitoração contínua do EEG na sala cirúrgica ou na UTI, visando reduzir complicações. 3. Certas técnicas de QEEG são consideradas possíveis opções práticas como uma adição ao DEEG: 3a) análise topográfica e temporal de voltagens e dipolos de espículas na avaliação pré-cirúrgica de alguns tipos de epilepsia; 3b) análise de frequências em certos casos com doença cérebro-vascular, em quadros demenciais e em encefalopatias, principalmente quando outros testes, como os exames de imagem e o EEG convencional se mostrarem inconclusivos. 4. O QEEG permanece apenas como instrumento de pesquisa em doenças como síndrome pós-concussional, distúrbios do aprendizado, déficit de atenção, esquizofrenia, depressão, alcoolismo e dependência a drogas. O QEEG deve ser usado sempre em conjunto com o DEEG. Devido aos sérios riscos de erros de interpretação, é inaceitável o uso clínico do QEEG e de técnicas correlatas por médicos sem a adequada especialização em interpretação do EEG convencional e também nessas novas técnicas. Digital EEG (DEEG) and quantitative EEG (QEEG) are recently developed tools present in many clinical situations. Besides showing didactic and research utility, they may also have a clinical role. Although a considerable amount of scientific literature has been published related to QEEG, many controversies still subsist regarding its clinical utilization. Clinical applications are: 1. DEEG is already an established substitute for conventional EEG, representing a clear technical advance. 2. Certain QEEG techniques are an established addition to DEEG for: 2a) screening for epileptic spikes or seizures in long-term recordings; 2b) Operation room and intensive care unit EEG monitoring. 3. Certain QEEG techniques are considered possible useful additions to DEEG: 3a) topographic voltage and dipole analysis in epilepsy evaluations; 3b) frequency analysis in cerebrovascular disease and dementia, mostly when other tests have been inconclusive. 4. QEEG remains investigational for clinical use in postconcussion syndrome, learning disability, attention disorders, schizophrenia, depression, alcoholism and drug abuse. EEG brain mapping and other QEEG techniques should be clinically used only by physicians highly skilled in clinical EEG interpretation and as an adjunct to traditional EEG work.
Databáze: OpenAIRE