Avaliação da Função e Qualidade de Vida após Artroplastia Total da Anca por Diferentes Vias de Abordagem
Autor: | Lisete Mónaco, Luís Machado, Filipa Januário, Duarte Cadavez, Mafalda Bártolo, Lisete Luís, Paulo Coêlho de Araújo |
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Rok vydání: | 2017 |
Předmět: |
Gynecology
030222 orthopedics medicine.medical_specialty business.industry Treatment outcome General Medicine Amplitude de Movimento Articular Artroplastia Total da Anca Qualidade de Vida Recuperação de Função Resultado do Tratamento 03 medical and health sciences 0302 clinical medicine medicine 030212 general & internal medicine Arthroplasty Replacement Hip Quality of Life Range of Motion Articular Recovery of Function Treatment Outcome business Total hip arthroplasty |
Zdroj: | Acta Médica Portuguesa; v. 30, n. 9 (2017): Setembro; 623-627 Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (RCAAP) instacron:RCAAP |
ISSN: | 1646-0758 0870-399X |
DOI: | 10.20344/amp.7834 |
Popis: | Introdução: Avaliar a função e qualidade de vida em doentes submetidos a artroplastia total da anca fazendo distinção quanto às duas vias de abordagem (posterior/ântero-lateral) usadas pelo Serviço de Ortopedia do Centro Hospitalar de Leiria.Material e Métodos: Estudo retrospetivo de 94 doentes sujeitos a artroplastia unilateral da anca, através do questionário Hip Osteoarthritis Outcome Score (HOOS LK 2.0), teste de Trendelenburg e avaliação da força muscular dos abdutores da anca com dinamómetro. Avaliaram-se os doentes aos seis meses, 12 meses, 18 meses e 24 meses pós-operatório.Resultados: O estudo revelou que 97,9% doentes cumpriram programa de reabilitação. A evolução pós-cirúrgica (seis a 24 meses) mostrou ter resultados diferentes nas duas vias de abordagem. Aos seis meses os doentes operados pela via ântero-lateral apresentaram piores resultados quando comparados com a via posterior, nomeadamente Hip Osteoarthritis Outcome Score dor, Hip Osteoarthritis Outcome Score sintomas e Hip Osteoarthritis Outcome Score atividades da vida. Aos 24 meses, não parecem existir diferenças entre as duas vias de abordagem. Dos 94 doentes avaliados no estudo, o teste de Trendelenburg foi positivo em 31% dos doentes, sendo que 81,9% corresponderam a doentes operados pela via ântero-lateral. A força muscular dos abdutores da anca operada foi inferior na via ântero-lateral aos seis meses, 12 meses e aos 24 meses.Discussão: Este trabalho evidenciou que nos primeiros seis meses pós-artroplastia total da anca, os doentes operados por via posterior apresentaram-se, de acordo com o questionário HOOS, menos sintomáticos, com melhor qualidade de vida e com menor impacto nas atividades de vida diária e no desporto e lazer quando comparados com os doentes operados por via ântero-lateral. Contudo, estas diferenças foram-se igualando ao longo dos 24 meses. Verificou-se ainda que os índices de força muscular dos músculos abdutores da anca foram claramente superiores nos doentes operados por via posterior aos seis meses, aos 12 meses e aos 24 meses comparativamente aos doentes operados por via ântero-lateral.Conclusão: Aos 24 meses pós-artroplastia total de anca não parecem existir diferenças entre as duas vias de abordagem no que diz respeito à função e qualidade de vida. Contudo, verificou-se que os doentes operados pela via ântero-lateral apresentaram maiores défices de força muscular e maior percentagem de testes de Trendelenburg positivos. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |