Análise da retirada da ventilação mecânica dos pacientes vítimas de traumatismo craniencefálico grave

Autor: Faez, Daniela Cristina dos Santos, 1986
Přispěvatelé: Falcão, Antonio Luis Eiras, 1959, Soares, Silvia Maria de Toledo Piza, Rojas, Salomon Soriano Ordinola, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Cirurgia, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
DOI: 10.47749/t/unicamp.2016.970931
Popis: Orientador: Antônio Luis Eiras Falcão Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: O traumatismo craniencefálico pode gerar danos anatômicos ou comprometimento funcional de estruturas cranianas. As vítimas podem evoluir com rebaixamento de nível de consciência e necessitam de suporte ventilatório artificial. Em muitos casos, não é possível a retirada da prótese ventilatória e a realização da traqueostomia é indicada. Objetivo: Analisar perfil da retirada da ventilação mecânica das vítimas de traumatismo craniencefálico grave internados na Unidade de Terapia Intensiva de Adultos. Método: Estudo transversal, descritivo, observacional, baseado em coleta de banco de dados de registro contínuo, prontuários médico e fisioterapêutico. Coletados dados demográficos e relacionados à ventilação mecânica de vítimas de traumatismo craniencefálico na fase aguda, maiores de 18 anos, sob ventilação mecânica e que foram encaminhados à Unidade de Terapia Intensiva no período de março de 2012 a março de 2015. Resultados: De 327 pacientes internados durante o estudo, 118 possuíam diagnóstico de TCE grave. Destes, a maioria era do sexo masculino (86,44%) e a idade média foi de 38,09 anos. A causa principal do trauma foi acidente motociclístico. Em relação aos eventos relacionados à ventilação mecânica, 30,51% dos pacientes foram extubados, e, destes, 13,88% foram reintubados. Não houve associação entre Escala de Coma de Glasgow 3-5 e 6-8, e, classificação tomográfica de Marshall 3-4 e 5-6, com extubação (pvalor=0,21 para Escala de Coma de Glasgow e pvalor=0,08 e 0,11, respectivamente, para Classificação tomográfica de Marshall 3-4 e 5-6), reintubação (pvalor=0,61 para Escala de Coma de Glasgow e pvalor=0,18 e 1, respectivamente, para Classificação tomográfica de Marshall 3-4 e 5-6) e traqueostomia (pvalor=0,44 para Escala de Coma de Glasgow e pvalor=0,59 e 1, respectivamente, para Classificação tomográfica de Marshall 3-4 e 5-6). Traqueostomia foi realizada em 50% da população. Em relação à desconexão da ventilação mecânica após realização da traqueostomia, 62,71% dos pacientes realizaram protocolo de nebulização em tubo T em tempo menor ou igual a 48 horas. Não houve associação entre Escala de Coma de Glasgow 3-5 e 6-8, e, Classificação tomográfica de Marshall 3-4 e 5-6, com desmame ventilatório após traqueostomia (pvalor=0,41 para Escala de Coma de Glasgow e pvalor=0,44 e 0,47, respectivamente, para Classificação tomográfica de Marshall 3-4 e 5-6). Como análise complementar, observou-se que Escala de Coma de Glasgow apresentou associação com maiores valores de índice prognóstico APACHE II (pvalor=0,001). A classificação tomográfica de Marshall 3 e 4 esteve associada com a realização da craniectomia descompressiva (pvalor=0,014). A classificação tomográfica de Marshall 5 e 6 esteve associada com maior mortalidade (pvalor=0,04). Conclusões: Conclui-se que pior classificação na Escala de Coma de Glasgow está relacionada a pior prognóstico e aumento da mortalidade. Embora não tenha apresentado associação significativa, observou-se que pacientes com Escala de Coma de Glasgow 3-5 tendem a ser menos extubados, possuem taxa de reintubação maior do que os com Escala de Coma de Glasgow de 6-8, quanto pior a classificação de Marshall, menor a taxa de extubação e que a maioria dos pacientes saem da ventilação mecânica em tempo menor ou igual a 48 horas após realização da traqueostomia Abstract: Introduction: Traumatic brain injury can lead to anatomical damage or functional impairment of cranial structures. Victims can evolve consciousness levels of relegation and need mechanical ventilation. In many cases, it is not possible to remove the mechanical ventilation and therefore, tracheostomy is indicated. Objective: Analyzing the withdrawal profile of mechanical ventilation, from severe head trauma victims admitted to the Adult Intensive Care Unit. Methods: Crosssectional, descriptive and observational study, based on both the continuous registration and database collection of medical and physical therapy records, and on collected demographic data related to mechanical ventilation of head trauma victims in the acute phase, over 18 years of age, under mechanical ventilation and who were referred to the Intensive Care Unit from March 2012 to March 2015. Results: Of the 327 patients admitted during the study, 118 had severe TBI diagnosis. Of these, the majority were male (86.44%) and the mean age was 38.09 years. The main cause was a motorcycle accident. For events related to mechanical ventilation, 30.51% of patients were extubated, and of these, 13.88% were reintubated. There was no association between Glasgow Coma Scale of 3-5 and 6-8, and tomographic Marshall¿s Classification 3-4 and 5-6, with extubation (pvalue=0.21 for Glasgow Coma Scale and pvalue=0.08 and 0.11, respectively, for tomographic Marshall¿s Classification 3-4 and 5-6), reintubation (pvalue=0.61 for Glasgow Coma Scale and pvalue=0.18 and 1, respectively, for tomographic Marshall¿s Classification 3-4 and 5-6) and tracheostomy (pvalue=0.44 for Glasgow Coma Scale and pvalue=0.59 and 1, respectively, for tomographic Marshall¿s Classification 3-4 and 5-6). Tracheostomy was performed on 50% of the population. Regarding mechanical ventilation after tracheostomy, 62.71% of patients underwent fogging protocol tube T shorter than or equal to 48 hours. There was no association between Glasgow Coma Scale of 3-5 and 6-8, and tomographic Marshall¿s Classification 3-4 and 5-6, with weaning after tracheostomy (pvalue=0.41 for Glasgow Coma Scale and pvalue=0.44 and 0.47, respectively, for tomographic Marshall¿s Classification 3-4 and 5-6). As a complementary analysis, it was observed that the Glasgow Coma Scale was associated with higher prognostic index values APACHE II (pvalue=0.001). The tomographic Marshall¿s Classification 3-4 was associated with the completion of decompressive craniectomy (pvalue=0.014). The tomographic classification Marshall 5-6 was associated with a higher mortality rate (pvalue=0.04). Conclusion: We have concluded that the worst rating on the Glasgow Coma Scale is related to a detrimental prognosis and increased mortality. Although there is not significant association, it was observed that patients with Glasgow Coma Scale 3-5, tend to be less extubated and have a higher rate of reintubation than Glasgow Coma Scale 6-8. The worse the Marshall rating was, the lower the extubation rate, with the majority of patients being able to leave the ventilator at or less than 48 hours after tracheostomy Mestrado Fisiopatologia Cirúrgica Mestra em Ciências
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