Diabetes melito como fator associado às disfunções do trato urinário inferior em mulheres atendidas em serviço de referência

Autor: Kátia Silveira da Silva, Lizanka Paola Figueiredo Marinheiro, Eneida Gonçalves de Oliveira
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia v.33 n.12 2011
Revista brasileira de ginecologia e obstetrícia
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)
instacron:FEBRASGO
Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, Volume: 33, Issue: 12, Pages: 414-420, Published: DEC 2011
ISSN: 0100-7203
DOI: 10.1590/s0100-72032011001200007
Popis: OBJETIVO: Descrever as disfunções do trato urinário inferior e as características demográficas e clínicas de mulheres com queixas urinárias, estimando a prevalência de diabetes melito e de alterações urodinâmicas nestas mulheres. MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, retrospectivo, com análise de 578 prontuários. As prevalências de diabetes melito e de cada diagnóstico urodinâmico nas pacientes com disfunções do trato urinário inferior foram estimadas, com seus respectivos intervalos de confiança de 95%. Foram calculadas as razões de prevalência das alterações urodinâmicas segundo o diagnóstico de diabetes. RESULTADOS: Setenta e sete pacientes (13,3%) eram diabéticas e a maioria (96,1%) tinha diabetes tipo 2. O diagnóstico urodinâmico mais frequente nas pacientes diabéticas foi o de incontinência urinária de esforço (39%), seguido de hiperatividade do detrusor (23,4%). A prevalência de urodinâmica alterada foi associada à de diabetes melito (RP=1,31; IC95%=1,17-1,48). As alterações de contratilidade do detrusor (hiper ou hipoatividade) estiveram presentes em 42,8% das pacientes diabéticas e em 31,5% das não diabéticas. CONCLUSÕES: As mulheres diabéticas apresentaram maior prevalência de alterações urodinâmicas do que as não diabéticas. Não houve associação entre o diabetes e as alterações de contratilidade do detrusor (p=0,80). PURPOSE: to describe lower urinary tract dysfunctions and clinical demographic characteristics of patients with urinary symptoms. This study assessed the prevalence of diabetes mellitus and urodynamic changes in these women. METHODS: We conducted a cross-sectional, retrospective study on 578 women. The prevalence of diabetes mellitus and urodynamic diagnoses was assessed in patients with lower urinary tract dysfunctions, with their respective 95% confidence intervals. The prevalence ratios of urodynamic alterations were calculated according to the diabetes mellitus diagnoses. RESULTS: Seventy-seven patients (13.3%) had diabetes and type 2 diabetes was predominant (96.1%). Stress urinary incontinence was the most frequent urodynamic diagnosis (39%) in diabetic patients, followed by detrusor overactivity (23.4%). The prevalence of urodynamic alterations was associated with diabetes (PR=1.31; 95%CI=1.17-1.48). Changes in detrusor contractility (over- or underactivity) were diagnosed in 42.8% diabetic patients and in 31.5% non-diabetic patients. CONCLUSIONS: Diabetic women had a greater prevalence of urodynamic alterations than the non-diabetic ones. There was no association between diabetes mellitus and detrusor contractility alterations (p=0.80).
Databáze: OpenAIRE