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RESUMO Introducao Recentemente, o estudo MOZART demonstrou que a utilizacao do ultrassom intracoronario (USIC) para guiar a intervencao coronariana percutânea (ICP) diminui o volume de contraste utilizado no procedimento. Avaliamos a incidencia de eventos adversos cardiovasculares tardios desses pacientes. Metodos Pacientes com risco para nefropatia induzida por contraste (NIC) ou para sobrecarga de volume, e com indicacao de ICP, foram randomizados para procedimento guiado pela angiografia ou USIC, e acompanhados por um periodo de 1 ano. Resultados Incluidos 83 pacientes nos grupos ICP guiado por angiografia (n = 42) ou USIC (n = 41), sendo que 77,1% eram diabeticos e 44,6% tinham clearance de creatinina 2 . As caracteristicas clinicas e angiograficas nao mostraram diferencas entre os grupos. A maioria tinha lesoes tipo B2/C (89,8%) e uma mediana de dois stents foram usados (intervalo interquartil: 1,0‐2,0 stents). O tempo de procedimento da ICP guiada por USIC foi 14 minutos maior do que no grupo guiado por angiografia ( p = 0,006). No entanto, os grupos nao diferiram em relacao ao tempo de fluoroscopia ou a media de aquisicoes de imagem por procedimento. A NIC ocorreu em 19,0% vs. 7,3% ( p = 0,26). No periodo de seguimento de 1 ano, 12% dos pacientes apresentaram algum evento cardiovascular maior, sendo dois obitos (um para cada grupo), e nao houve diferencas entre os grupos. Conclusoes A estrategia de reducao de contraste com a ICP guiada pelo ultrassom intravascular, em pacientes com risco para NIC ou sobrecarga de volume, mostrou‐se segura a curto e longo prazos. |