Coabitação De Térmitas Xilófagos (Blattodea: Kalotermitidae E Termitidae) Nos Galhos De Pimenteira-Rosa Em Fragmento Da Mata Atlântica Na Cidade Do Rio De Janeiro, Rj

Autor: Fernandes, Vinicius José, Souza, Thiago Sampaio de, Aguiar Menezes, Elen de Lima, Fontes, Luiz Roberto de Oliveira, Menezes, Eurípedes Barsanulfo
Rok vydání: 2017
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DOI: 10.5281/zenodo.847795
Popis: Nos ecossistemas naturais, os térmitas exercem importante papel na decomposição da matéria orgânica e ciclagem dos nutrientes, destacando-se os térmitas arborícolas do gênero \textit{Nasutitermes}. Os térmitas do gênero \textit{Cryptotermes} nidificam no seu próprio alimento, onde constroem criptas sem nenhum contato com o exterior, não tolerando umidade relativa superior a 32%.O objetivo do estudo foi registrar a coabitação de espécies desses dois gêneros em espécie florestal de ocorrência na Mata Atlântica. O estudo foi conduzido no Parque Frei Leão Vellozo, Ilha do Catalão (UFRJ), no Rio de Janeiro, RJ, com vegetação recuperada da Mata Atlântica. O ataque de térmitas foi observado nos galhos, aparentemente secos, de exemplares de pimenteira-rosa \textit{ (Schinus terebinthifolius} Raddi, Anacardiaceae). Soldados dos térmitas foram coletados e preservados em álcool para posterior identificação. Duas espécies foram identificadas: \textit{Cryptotermes havilandi} (Sjostedt) (Blattodea: Kalotermitidae) e \textit{Nasutitermes corniger} (Motschulsky) (Blattodea: Termitidae). Portanto, as aludidas espécies estavam coabitando o mesmo substrato. Contudo, \textit{C. havilandi} usou a madeira da pimenteira-rosa como alimento e sítio de nidificação, evidenciados pela presença de pequenas colônias dentro de criptas e de suas fezes, enquanto \textit{N. corniger} usou os galhos dessa árvore apenas para sustentação de seu ninho, não causando danos a mesma. Conclui-se que é possível ocorrer a coabitação do mesmo substrato por diferentes espécies de térmitas xilófagas e com hábitos de nidificação distintos, reduzindo, portanto, as chances de competição por alimento. Entretanto, existem chances de uma espécie ser mais beneficiada do que a outra, quando se leva em conta os hábitos alimentares e de nidificação.
Databáze: OpenAIRE