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Este artigo analisa a internacionalização da polícia portuguesa entre o fim da Grande Guerra e o início da Segunda Guerra Mundial. A luta contra o comunismo internacional tem sido a chave explicativa para compreender como a polícia portuguesa, através da Polícia de Vigilância e Defesa do Estado, se integrou no internacionalismo policial europeu do entreguerras e em instituições como a Comissão Internacional de Polícia Criminal. Este artigo mostra, no entanto, que a vontade de enfrentar práticas criminais que iam para além das fronteiras nacionais, num processo que começou a ser desenvolvido antes do 28 de Maio de 1926, deve ser considerado também como um fator essencial no desenvolvimento de práticas de policiamento que envolviam a troca de informações com polícias estrangeiras, a partilha de técnicas de identificação e de investigação criminal e a extradição de criminosos. This article analyses the internationalization of the Portuguese police between the end of World War I and the beginning of World War II. The fight against international communism is key to understanding how the Portuguese police, through the PVDE (Police for the Surveillance and State Defense), integrated itself into the European interwar police internationalism and into institutions such as the International Criminal Police Commission. This article shows, however, that the eagerness to tackle criminal practices that transcended national borders, in a process that began to develop before May 28 1926, must also be seen as a major factor in the development of police practices that included the exchange of information with foreign police forces, the sharing of identification and criminal investigation techniques, and the extradition of criminals. Cet article analyse l’internationalisation de la police portugaise entre la fin de la Grande Guerre et le début de la Seconde Guerre Mondiale. La lutte contre le communisme international est une clé pour comprendre comment la police portugaise, à travers la police de surveillance et de défense de l’État, s’est intégrée dans l’internationalisme policier européen de l’entre-deux-guerres et dans des institutions telles que la Commission internationale de police criminelle. Cet article montre cependant que la volonté d’affronter des pratiques criminelles dépassant les frontières nationales, dans un processus qui a commencé à se développer avant le 28 mai 1926, doit être elle aussi considérée comme un facteur essentiel dans le développement des pratiques policières qui impliquent l’échange d’informations avec la police étrangère, le partage des techniques d’identification et d’enquête criminelle, et l’extradition des criminels. |
