Analise quimica e nutricional da especie selvagem de amendoim Arachis villosulicorpa
Autor: | Grosso, Carlos Raimundo Ferreira, 1953 |
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Přispěvatelé: | Amaya-Farfán, Jaime, 1941, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agrícola, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS |
Rok vydání: | 2021 |
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Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) instacron:UNICAMP |
Popis: | Orientador : Jaime Amaya-Farfan Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia de Alimentos e Agricola Resumo: A espécie selvagem brasileira de amendoim Arachis villosulicarpa foi objeto de um estudo de caracterização química e biológica, através do qual o cultivar Tatu foi usado como testemunha, representando a espécie comercial Ararachis hypogaea L. Os aminoácidos totais e livres, assim como o valor nutritivo da fração nitrogenada na farinha desengordurada foram determinados. A composição em ácidos graxos e o perfil de açúcares livres foram também determinados na fração lipídica e glicídica respectivamente.O óleo e a farinha desengordurada foram obtidos mediante prensagem e extração com solvente de lotes de 4 Kg de sementes.A composição atípica em ácidos graxos do óleo da espécie selvagem foi confirmada mediante cromatografia gasosa de derivados metil éster dos ácidos em coluna DEGS à 10%. Os ácidos linoléico (51%) e oléico (15%) se encontram nesta espécie em proporções que lembram mais o óleo de milho do que o de amendoim. Também ácidos graxos de cadeias muito longas estão presentes em quantidades relativamente altas. Após extração dos sacarídeos solúveis com uma mistura de metanol: clorofórmio: água (1:1: 1), seguida de reação para converter os açúcares nas correspondentes oximas e determinação dos derivados trimetilsililados, encontrou - se quantidades menores de sacarose e maltose na espécie A. villosulicarpa. O teor de sacarose nesta espécie foi apenas de 60% do total encontrado para Tatu, o que não deixa de surpreender uma vez que o sabor da espécie selvagem é mais adocicado. Inositol, melibiose e rafinose foram sacarídeos encontrados em maior concentração na espécie A. villosulicarpa.A partir dos resultados da hidrólise total da proteína por cinco tempos diferentes, pode-se concluir que treonina, cistina, metionina e triptofano estão presentes em maior concentração na espécie A. villosulicarpa do que no controle Tatu. No levantamento do perfil de aminoácidos livres, foram testados três sistemas de extração: ácido tricloroacético (TCA), ácido sulfossalisílico (SSA) e a mistura metanol: clorofórmio: água (MCW, 60: 25:15). O sistema TCA foi mais eficiente que o MCW, mas equivalente ao SSA. Este último, porém, propiciou maior resolução nos cromatogramas durante a análise. Ácido glutâmico, asparagina e arginina foram os aminoácidos livres mais abundantes. A espécie selvagem, de modo geral, apresentou maiores concentrações na maioria dos aminoácidos livres com excessão de fosfoserina, taurina, ácido aminoadípico, prolina, ácido ?-aminobutírico e isoleucina. Avaliação biológica da proteína com ratos, sugeriu que a qualidade protéica da espécie A. villosulicarpa foi igual ou ligeiramente superior ã proteína da variedade Tatu. Os valores de "NPU" e "NPR" foram 44,23 e 3,71 para a espécie selvagem, e 42,38 e 3,43 para a variedade Tatu respectivamente. Abstract: The Brazilian wild species of peanuts Arachis villosulicarpa was the subject of a chemical and biological study in which the cultivar Tatu, a representative of the commercial species Arachis hypogaea L., was used as a control. Total and free amino acids and nutritive quality were assessed in the nitrogenous fraction of the defatted flour, while the fatty acid pattern and the free sugar distribution were determined in the oil and the carbohydrate fractions, respectively. Oil and defatted flour were obtained by pressing 4-Kg samples of seeds and extracting the resulting cake with solvent. Gas-liquid chromatographic determination of the fatty acid methyl esters on a 10% DEGS column confirmed the unique composition of the A", villosulicarpa oil. Linoleic (51%) and oleic (15%) acids in the wild species were found to resemble the pattern of corn rather than peanut oil. In addition, very long chain acids were present in relatively high concentrations. Extraction of soluble saccharides with a mixture of methanol-cloroform-water (1:1:1) followed by conversion to the corresponding oximes and determination of the trimethylsilyl volatiles, revealed lower amounts of sucrose and maltose in A. villosulicarpa. Sucrose content of this species was only 60% of that found in Tatu; contrary to expectations, considering the rather sweet taste of A. villosuliaarpa. Inositol, melibiose and raffinose were also found in greater concentrations in the wild species.From the total amino acid determination of five different times of hydrolysis, it was concluded that the villosulicarpa species contains higher concentrations of threonine, cystine, methionine and tryptophan while having a slightly lower concentration of lysine than the control Tatu. In order to establish the free amino acid profile, three extraction systems were tested: trichloroacetic acid (TCA), sulfosalicylic acid (SSA) and the mixture metanol-chloroform-water (MCW, 60:25:15). The TCA system was considered more efficient than MCW and as efficient as SSA in regard to the extraction. Use of SSA however, provided the highest chromatographic resolution during analysis. The most prominent free amino acids found in either species were glutamic acid, asparagine and arginine. The wild species, in general, exhibited greater amounts of all amino acids except for phosphoserine, taurine, aminoadipic acid, proline, ?-aminobutyric acid and isoleucine.Biological evaluation with rats, suggested that the nutritive quality of the A. villosulicarpa protein was equal to or slightly better than the Tatu protein. NPU and NPR values were 44.23 and 3.71 for the wild species and 42.38 and 3.43 for the Tatu cultivar, respectively. Mestrado Mestre em Engenharia Agrícola |
Databáze: | OpenAIRE |
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