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Na Serra de São Domingos (SSD) afloram mais de 1.000 m de espessura de rochas mesoproterozoicas dominantemente siliciclásticas do Grupo Paranoá. Duas seções estratigráficas foram medidas e descritas na escala 1:300 e individualizadas em 11 litofácies nas seções estudadas: De (dolomito com estromatólitos), Dl (dolomito laminado), AFl (arenito fino laminado), AFm (arenito fino com marcas onduladas de onda e corrente), AFh (arenito fino com estratificação cruzada hummocky), AMc1 (arenito médio com estratificações cruzadas unidirecionais), AMc2 (arenito médio com estratificações cruzadas bidirecionais e/ou multidirecionais), AMe (arenito médio estratificado), AMs (arenito médio com geometria sigmoidal), Pl (pelito laminado) e PAht (pelito e arenito com laminação heterolítica). Cinco associações de fácies foram identificadas: FA-I caracterizada pelas litofácies PAht e AFm em subsistema de intermaré; FA-II caracterizada pelas AMc1, AMc2, AMs, AMe em subsistema de inframaré; FA- III caracterizada pela associação de litofácies AFm, AFl, AFh e Pl em subsistema de plataforma (offshore proximal) com influência de onda, maré e de tempestade; FA-IV caracterizada pelas litofácies AFl, Pl, AFh, Dl e De em subsistema de plataforma (offshore intermediáriadistal); FA-V caracterizada pela associação de litofácies Dl e De em subsistema de zona de plataforma rasa. As associações de fácies, FA-III, FA-IV e FA-V são típicas de sistema deposicional de plataforma marinha mista carbonática-siliciclástica, enquanto FA-I e FA-II caracterizam depósitos de planície de maré. Os sistemas deposicionais ao longo da SSD variam de depósitos de plataforma offshore proximal na sua base, passando em direção ao topo para o domínio de uma plataforma proximal com influência de maré (inframaré-intermaré), evidenciando um gradual e contínuo raseamento para o topo. |