Fatores de risco para sibilância recorrente em menores de 13 anos no Sul do Brasil

Autor: Gilberto Bueno Fischer, Silvio Omar Macedo Prietsch, Fernanda M. Santos, Leonardo Luiz Sangaletti, Juraci Almeida Cesar, Patrícia Velasques Cervo, Cácio Ricardo Wietzycoski, Diego Zacca
Rok vydání: 2006
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da FURG (RI FURG)
Universidade Federal do Rio Grande (FURG)
instacron:FURG
ISSN: 1020-4989
DOI: 10.1590/s1020-49892006001000006
Popis: OBJETIVO: Estudar a prevalencia de sibilância recorrente e os principais fatores associados em criancas menores de 13 anos da area urbana da Cidade de Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul. METODO: Atraves de visitas domiciliares e aplicacao de questionarios padronizados por entrevistadores treinados, investigou-se a presenca de sibilância recorrente em uma coorte iniciada em 1997 como parte de um estudo transversal de base populacional que enfocou a morbidade por doencas respiratorias em criancas entre 0 a 5 anos. Foram obtidas informacoes sobre as condicoes socioeconomicas e de moradia da familia, assistencia a gestacao e ao parto e padrao de morbidade atual e pregressa das criancas. A analise estatistica consistiu no calculo da razao de chances (odds ratio, OR) com ajuste atraves de regressao logistica nao-condicional para potenciais fatores de confusao, conforme modelo hierarquico previamente definido. RESULTADOS: Das 775 criancas estudadas em 1997, 685 foram localizadas em 2004 (perda de 11,6%). Nesse grupo, a prevalencia de sibilância recorrente atual foi de 27,9%. Os fatores de risco apos a analise ajustada foram: rinite atual (OR = 45,7; IC95%: 24,2 a 86,5), uso de fogao a lenha para cozinhar (OR = 2,7; IC95%: 1,4 a 4,9), antecedente pessoal de infeccao respiratoria aguda (OR = 2,1; IC95%: 1,3 a 3,5), aleitamento artificial (OR = 2,1; IC95%: 1,1 a 3,8), antecedente de asma em irmaos (OR = 1,9; IC95%: 1,2 a 3,2), antecedente de asma na mae (OR = 1,8; IC95%: 1,1 a 2,9) e menos de seis consultas de pre-natal (OR = 1,6; IC95%: 1,1 a 2,4). Escolaridade do pai < 9 anos completos representou fator de protecao para sibilância recorrente (OR = 0,6; IC95%: 0,4 a 0,9). CONCLUSAO: Os resultados sugerem que o manejo de sibilância recorrente e asma deve contemplar a investigacao e o tratamento conjunto de rinite. As acoes para minimizar os efeitos da sibilância recorrente devem incluir programas educativos e terapeuticos enfocados na asma.
Databáze: OpenAIRE