Os desafios para o controle da Tuberculose no Brasil : The challenges for Tuberculosis control in Brazil
Autor: | Isabella Abidalla Do Carmo, Júlia Cordeiro Maia, João Vitor Carmo De Novaes, Laís de Souza Almeida, Núbia Andrade da Cunha Pereira, Gustavo Vieira Rodrigues da Costa, Marcela Sales de Lucca Rodrigues, Camilla Cristófaro Martins Leite |
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Jazyk: | portugalština |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Brazilian Journal of Health Review; Vol. 5 No. 6 (2022); 23969-23978 Brazilian Journal of Health Review; v. 5 n. 6 (2022); 23969-23978 Brazilian Journal of Health Review Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP) instacron:BJRH |
ISSN: | 2595-6825 |
Popis: | Introdução: A tuberculose (TB) é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch. É uma enfermidade de cunho social. Em 2015, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 10,4 milhões de novos casos de TB, 1,4 milhão de mortes e taxa de cura de 83%. Essa patologia é transmitida através da fala, espirro ou tosse. Com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento chega a níveis insignificantes. No que se refere às manifestações, a TB cursa com uma síndrome infecciosa crônica e a maioria dos pacientes apresenta febre, adinamia, anorexia, emagrecimento e sudorese noturna. Quando a tuberculose é extrapulmonar, os sinais e sintomas dependem dos órgãos ou sistemas acometidos. Para o diagnóstico dessa afecção são utilizados, principalmente, o exame microscópico direto (baciloscopia direta através do escarro), a cultura para micobactéria com identificação de espécie, o teste rápido para tuberculose (TR-TB), a prova tuberculínica e a radiografia de tórax. Seu tratamento dura pelo menos seis meses, é gratuito, está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) e deve ser preferencialmente feito em regime de Tratamento Diretamente Observado (TDO). O objetivo do tratamento é curar a doença e reduzir rapidamente a propagação da infecção. Embora a eficácia dos medicamentos anti-tuberculose seja de até 95%, no Brasil a taxa de cura é de aproximadamente 70%, que pode ocorrer por abandono do tratamento e uso incorreto dos fármacos. Assim, o presente artigo visa analisar o panorama sócio-epidemiológico da tuberculose no Brasil, a fim de promover maior visibilidade a essa patologia e de melhor compreender o progressivo aumento de casos da doença. Metodologia: revisão integrativa da literatura nas bases de dados PubMed, SCIELO e Lilacs, mediante a utilização dos descritores: “tuberculose x tratamento” e “tuberculosis treatment x untreated tuberculosis”. Foram selecionados 15 artigos, de 2009 a 2021. Artigos completos e com publicação inferior a 13 anos foram incluídos. Estudos publicados em periódicos de baixo fator de impacto foram excluídos. Discussão: Um grande desafio para o controle da tuberculose está relacionado à incidência desproporcional observada entre as populações de maior risco, dentre elas a carcerária. A maior preocupação com a sobrevivência ao invés da saúde, o medo de segregação e o baixo acesso à informação, influenciam na baixa participação dessa população nos tratamentos e na prevenção. Ademais as periferias brasileiras, caracterizadas por ambientes de aglomeração e de precariedade sanitária apresenta maior incidência de TB e impasse no controle dessa patologia. A pandemia de COVID-19 também corroborou para elevação do número de casos de TB não diagnosticados, com tratamento insatisfatório e reduziu a adesão à vacinação para esse fim. Por fim, sabe-se que o tratamento da tuberculose é demorado, sendo por isso comum o seu abandono. Conclusão: Apesar de apresentar tratamento bem estabelecido, a TB ainda possui altas incidências na população brasileira, isso devido aos óbices socioeconômicos. Portanto, faz-se importante realizar monitoramento intenso e atenção direcionada às classes menos favorecidas da população a fim de assegurar que os portadores dessa patologia sejam adequadamente diagnosticados e tratados. |
Databáze: | OpenAIRE |
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