Hematoma após raquianestesia tratado conservadoramente: relato de caso e revisão da literatura

Autor: Florentino Fernandes Mendes, Betina Comiran Brescianini, Daniel Segabinazzi, Felipe Gornicki Schneider
Rok vydání: 2007
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 57, Issue: 2, Pages: 188-194, Published: APR 2007
Revista Brasileira de Anestesiologia v.57 n.2 2007
Revista Brasileira de Anestesiologia
Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA)
instacron:SBA
ISSN: 0034-7094
DOI: 10.1590/s0034-70942007000200008
Popis: JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Durante a realização de anestesia espinal existe o risco de ocorrer sangramentos. A compressão do tecido nervoso, secundária à formação de hematoma, pode determinar o surgimento de lesão neurológica que se não for diagnosticada e tratada a tempo pode ser permanente. A identificação dos fatores de risco, o diagnóstico e o tratamento precoce da compressão são importantes para o prognóstico do paciente. O objetivo deste trabalho foi descrever um caso de hematoma após raquianestesia tratado de forma conservadora e revisar os trabalhos na literatura. RELATO DO CASO: Paciente do sexo masculino, 73 anos, 65 kg, 1,67 m, estado físico ASA III. Foi submetido a raquianestesia para retirada de cateter de diálise peritoneal. Durante a realização da punção ocorreram parestesias no membro inferior direito. Foram injetados 15 mg de bupivacaína hiperbárica a 0,5% sem vasoconstritor. Vinte e quatro horas após a realização do bloqueio o paciente permanecia com anestesia em sela e com dor lombar, e 48 horas após o procedimento apresentou incontinência urinária. A ressonância nuclear magnética demonstrou existência de processo expansivo subaracnóideo, com compressão de raízes nervosas (L4 a S1). Após avaliação do neurocirurgião, instituiu-se tratamento conservador. O paciente recebeu alta hospitalar no 18° dia de pós-operatório, assintomático. CONCLUSÕES: O caso apresentado mostrou boa evolução com o tratamento conservador. BACKGROUND AND OBJECTIVES: Spinal anesthesia caries the risk of bleeding. Compression of nervous tissue secondary to the formation of a hematoma can cause neurological damage, which, if not diagnosed and treated in a timely fashion, can be permanent. The identification of risk factors, diagnosis, and early treatment are important for the prognosis. The objective of this report was to describe the case of a hematoma after spinal anesthesia treated conservatively, and review the literature. CASE REPORT: Male patient, 73 years old, 65 kg, 1.67 m, and ASA physical status III, underwent spinal anesthesia for removal of a peritoneal dialysis catheter. During the puncture, the patient experienced paresthesia of the right lower limb. Fifteen milligrams of 0.5% hyperbaric bupivacaine without vasoconstrictor were administered. Twenty-four hours later, saddle anesthesia and lumbar pain persisted and, after 48 hours, the patient presented urinary incontinence. An MRI demonstrated the presence of an expansive subarachnoid process compressing the nerve roots (L4 and S1). After evaluation by the neurosurgeon, conservative treatment was instituted. The patient was discharged from the hospital on the 18th postoperative day, asymptomatic. CONCLUSIONS: The case reported here presented a good evolution with the conservative treatment. JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Durante la realización de anestesia espinal existe el riesgo de que ocurran sangramientos. La compresión del tejido nervioso, secundaria a la formación de hematoma puede determinar el aparecimiento de lesión neurológica que, si no se diagnostica y se trata a tiempo, puede ser permanente. La identificación de los factores de riesgo, el diagnóstico y el tratamiento precoz de la compresión son importantes para el pronóstico del paciente. El objetivo de este trabajo fue describir un caso de hematoma después raquianestesia tratado de forma conservadora y revisar los trabajos en la literatura. RELATO DEL CASO: Paciente del sexo masculino, 73 años, 65 kg, 1,67 m, estado físico ASA III. Fue sometido a raquianestesia para retirada de catéter de diálisis peritoneal. Durante la realización de la punción hubo parestesias en el miembro inferior derecho. Se inyectaron 15 mg de bupivacaína hiperbárica a 0,5% sin vasoconstrictor. Veinte y cuatro horas después de la realización del bloqueo el paciente permanecía con anestesia en silla de montar y con dolor lumbar, y 48 horas después del procedimiento presentó una incontinencia urinaria. La resonancia nuclear magnética demostró la existencia de un proceso expansivo subaracnoideo, con compresión de raíces nerviosas (L4 a S1). Después de la evaluación del neurocirujano, se empieza el tratamiento conservador. El paciente recibió alta hospitalaria el 18° día de postoperatorio asintomático. CONCLUSIÓN: El caso presentado mostró una buena evolución con el tratamiento conservador.
Databáze: OpenAIRE