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Sustentação oral no XV Congresso Português de Transplantação, em 25 de março de 2021, sob o título: Análise de índices de risco DRI, KDRI e SOFA para avaliação da função inicial do enxerto hepático.Introdução. As características clínicas dos doadores de órgãos, numericamente representadas pelo índice de risco do doador de fígado (DRI), índice de risco do doador de rim (KDRI) e pela avaliação sequencial de falência orgânica (SOFA) podem auxiliar na decisão da utilização de um doador de critérios expandidos no contexto do transplante de figado, frente ao risco de disfunção inicial de funcionamento (DGF) ou não funcionamento primário do enxerto (PNF). Objetivo: avaliar o DRI, KDRI e SOFA como escores prognósticos de desenvolvimento de DGF e PNF. Método. Avaliação banco de dados de 186 transplantes de fígado em adultos realizados no Hospital do Rocio, Paraná, Brasil. Correlação linear e significância estatística entre os índices de cada evolução clínica do funcionamento do enxerto foram analisados. Determinação do melhor ponto de corte de cada índice foi buscado. Resultados. Doadores com 39,63±15,28 anos; 73,12% do sexo masculino; 93,96% utilizada solução de preservação HTK; tempo de isquemia fria de 432,27±94,99 minutos. DRI de 1,38±0,31; KDRI de 0,98±0,33 e SOFA de 9,65±2,25. O KDRI e DRI apresentaram correlação forte (Pearson de 0,75). Receptores com 50,77±11,80 anos e MELD 22,25±7,52. Em relação ao funcionamento do enxerto, normal em 82,26%, DGF em 11,83% e PNF em 5,91% dos casos. A média do DRI e KDRI entre os grupos de função normal, DGF e PNF não apresentou diferença estatística. Diferença (p 0,03) no SOFA (9,73±2,30 vs 8,68±1,91 vs 10,45±1,75 respectivamente). Conclusão. O DRI, KDRI e o SOFA não se mostraram eficazes para predizer desenvolvimento de DGF. SOFA demonstrou ser um fator de risco para desenvolvimento de PNF. |