Estudo clinico-epidemiologico da paracoccidioidomicose associada ou não a sindrome da imunodeficiencia humana adquirida

Autor: Simone Aranha Nouer
Přispěvatelé: Papaiordanou, Priscila Maria de Oliveira, 1959-2002, Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Clínica Médica, UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 1999
Předmět:
Zdroj: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
instacron:UNICAMP
Popis: Orientador: Priscila Maria de Oliveira Papaiordanou Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas Resumo: A paracoccidioidomicose é a micose sistêmica mais freqüente no Brasil. A associação entre a paracoccidioidomicose e a síndrome da imunodeficiência humana adquirida (AIDS) é particularmente importante por causa da disseminação progressiva da infecção pelo vírus da imunodeticiência humana (IllV) em pequenos e médios centros urbanos, áreas de alta prevalência da paracoccidioidomicose. Entretanto, pouco se sabe sobre a associação entre as duas doenças. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da infecção pelo HIV entre os pacientes com paracoccidioidomicose e comparar os achados clínicos, epidemiológicos e evolutivos da paracoccidioidomicose entre os pacientes com e sem AIDS. A sorologia para HIV foi realizada em pacientes com paracoccidioidomicose acompanhados entre 1995 e 1998. As características clínicas e epidemiológicas de todos os pacientes com paracoccidioidomicose e AIDS entre 1987 e 1998 também foram revisadas e comparadas às dos sem AIDS. A prevalência de HIV entre os 122 pacientes com paracoccidioidomicose foi de 1,64%. Onze pacientes com AIDS foram comparados a 120 sem AIDS. Não houve diferenças entre os grupos quanto à idade, sexo, presença de tosse, perda de peso Q'u adenopatias. Febre foi mais freqüente nos pacientes com AIDS (54% contra 24%, p=0,07). Nos homens com AIDS, a forma clínica aguda da micose foi mais freqüente (62% contra 20%, p=0,02). Acometimento cutâneo predominou nos pacientes com AIDS (p=0,001), enquanto o de mucosa foi mais freqüente nos s~m AIPS (P=0,02). Nos pacientes com forma aguda, a mediana dos títulos de anticorpos sérlcOS para paracoccidioidomicose foi menor (P=0,004). A sobrevida atuarial dos HIV -positivos foi menor do que a dos HIVnegativos (p0,05). A associação entre paracoccidioidomicose e AIDS é rara e a forma aguda é mais freqüente entre os pacientes co-infectados. Esta óbservação sugere uma maior gravidade da micose nesta população Abstract: Paracoccidioidomycosis is the most frequent endemic mycosis in Brazil. The association between aracoccidioidomycosis and AIDS is particularly important because of the progressive dissemination of IDV to small and medium urban centers, areas of high prevalence of paracoccidioidomycosis. Nevertheless, little is known about this association. The aim of this study was to assess the prevalence of HJV infection among patients with paracoccidioidomycosis and to compare the clínica! fmdings and the outcome of paracoccidioidomycosis in AIDS and in non-AIDS patients. Consecutive patients with paracoccidioidomycosis were followed between 1995 and 1998 and IDV tests wer~ performed. The clínical charts of alI patients with paracoccidioidomycosis between 1987 and 1998 were also reviewed and mV-positive patients were compared to IDV -negative patients. The prevalence of IDV among 123 patients was 1.64%. Eleven IDV-positive patients were compared to 120 mv -negative patients. There were no differences regarding gender, age, the presence of cough, weigh loss or adenopathy. Fever was more frequent in mv patients (54% vs. 24%, p=0.07). In mV-positive males, the acute form was mOfe frequent (62% vs. 20%, p=0.02). Cutaneous involvement was more frequent in AIqs patients (p=O.OOl) whereas muco sal involvement was more frequent in IDV-negative patients (p=0.02). In patients with the acute form, the median serum antibody titer was lower in AIDS patients (p=0.004). The actuarial survival of mv -positive and negative patients were 37% and 88%, respectively (p0.05). The prevalence of mv infection in patients with paracoccidioidomycosis was similar to that in the general population. The acute form of paracoccidioidomycosis was more frequent in mv -positive patients. mv -positive patients with the acute form seem to have a more-aggressive clínical course Mestrado Mestre em Clínica Médica
Databáze: OpenAIRE