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Introdução:Possuímos como ênfase deste estudo caracterizar a população feminina vivendo com HIV/Aids em uma região do centro sul da Bahia, identificando vulnerabilidades, a fim de servir como instrumento para futuras ações de educação em saúde local.Objetivo:Delinear o perfil clínico-epidemiológico e laboratorial das pacientes do sexo feminino diagnosticadas com infecção por HIV no SAE de Guanambi – Bahia no período de 2015 a 2020 e avaliar os fatores de risco para diagnóstico tardio da infecção nesta população estudada.Materiais e Métodos:Trata-se de um estudo observacional, retrospectivo, transversal, quantitativo e descritivo com caráter documental. A coleta de dados foi realizada por meio da análise dos prontuários médicos do SAE de Guanambi-BA, buscando informações referentes à admissão do indivíduo no serviço. Foram avaliados 417 prontuários, sendo selecionados 24 que preencheram o critério de inclusão.Resultados:Constatou-se que o perfil destas pacientes é composto, majoritariamente, por mulheres solteiras, heterossexuais, com idade média de 43 anos, trabalhadoras do lar e com nível de escolaridade que vai do analfabetismo ao nível fundamental completo. O município de Guanambi é o local de procedência de 60,8% (14/23) destas pacientes e 58,3% (14/24) delas já admitidas na classificação clínica de Aids, sendo a perda de peso o sintoma mais frequente. O principal motivo de testagem sorológica foi por triagem do pré natal ou sintomas sugestivos de infecção.Conclusão:Quando são associados os dados clínico-epidemiológicos aos os níveis de CD4, encontramos como principal fator atrelado à gravidade da infecção a procura do serviço pela presença de sinais e sintomas da doença, sendo a triagem de pré-natal e a procura espontânea pelo teste, ainda sem sintomas, fatores que se associaram aos maiores níveis de CD4 e ao melhor prognóstico da infecção. Os dados coletados neste estudo ajudam a delinear algumas características da infecção pelo HIV/Aids na população feminina do Centro Sul baiano e identifica pontos de fragilidade e vulnerabilidade, fortemente associados à Aids e baixos níveis de CD4, para que sejam construídas políticas públicas voltadas para o diagnóstico precoce e melhora do prognóstico destes pacientes. |