Papagaio-de-peito-roxo Amazona vinacea (Kuhl) (Aves: Psittacidae) no norte do Espírito Santo: redescoberta e conservação
Autor: | Paulo de Tarso Zuquim Antas, José Roberto de Matos, Luciene Carrara Paula Faria, Lucas A. Carrara |
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Rok vydání: | 2008 |
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Zdroj: | Revista Brasileira de Zoologia v.25 n.1 2008 Revista Brasileira de Zoologia Sociedade Brasileira de Zoologia (SBZ) instacron:SBZ |
ISSN: | 0101-8175 |
DOI: | 10.1590/s0101-81752008000100021 |
Popis: | Amazona vinacea (Kuhl, 1820) é uma espécie endêmica da Mata Atlântica e ameaçada de extinção no Brasil e no mundo. Não existem relatos recentes de sua presença na porção setentrional de sua distribuição ao norte do estado do Rio de Janeiro. O último é datado provavelmente de 1991, tendo sido considerado extinto ao norte do Espírito Santo. O presente trabalho noticia a redescoberta da espécie em Alto Rio Novo, noroeste do Espírito Santo, divisa com Minas Gerais. Foram registrados bandos em duas localidades em dezembro de 2005, sendo o maior deles composto por 28 indivíduos. Durante os registros foi observado A. vinacea se alimentando de Anadenanthera sp. (Fabaceae: Mimosoideae), uma nova fonte alimentar para a espécie. Os registros históricos mais recentes para a região citam localidades com distância inferior a 35 km dos atuais registros, reforçando a importância local. No entanto, a degradação ambiental e a captura ilegal representam obstáculos à conservação da espécie nesta região. Em dezembro de 2002 foi criado o Parque Nacional dos Pontões Capixabas, primeira Unidade de Conservação na porção serrana do norte do Espírito Santo. Uma das áreas históricas da espécie está incluída em seus limites e um dos locais onde foi agora redescoberto fica a cerca de 10 km de distância da borda do parque. Essa Unidade de Conservação é essencial à proteção de trechos nativos da Mata Atlântica e conseqüentemente do papagaio-de-peito-roxo. Além de medidas conservacionistas, a aquisição de informações sobre as populações de A. vinacea no noroeste do Espírito Santo e leste de Minas Gerais torna-se indispensável para a proposição de medidas de manejo capazes de reverter o grave quadro atual, objetivando viabilizar a permanência de populações na região mais setentrional da distribuição conhecida atualmente para a espécie. |
Databáze: | OpenAIRE |
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