Inventar o fora como um dentro e fazer da clausura uma educação

Autor: Luiz Carlos Quirino da Silva, Máximo Daniel Lamela Adó
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Repositório Institucional da UFRGS
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
ISSN: 1981-1802
0102-7735
DOI: 10.21680/1981-1802.2021v59n62id26721
Popis: Este texto problematiza as possibilidades inventivas envolvidas numa aula (entendida aqui como inseparável da produção de pensamento) sob as condições restritivas impostas pela pandemia causada pelo novo coronavírus. Parte do pressuposto de que para que o pensamento aconteça, é fundamental seu contato com as forças do que Deleuze (2005), Foucault (2006) e Blanchot (2011) chamaram de Fora. Por isso, o texto propõe um procedimento poético assentado numa espécie de máquina de leitura e de tradução como possibilidade de contato com tais forças. E, como base e possibilidade para essa invenção em educação, elege um tipo de leitura que falseia os materiais com que se depara e que, num certo sentido, desrespeita-os. Defende a ideia de que tal movimento, em condições de enclausuramento, só se torna possível porque o dentro é constituído pela dobra do Fora sobre si. Em tais condições, a invenção de uma aula teria, então, de virar pelo avesso essa dobra e produzir algo como uma linguagem para aquilo que ainda não sabemos. This text problematizes the inventive possibilities involved in a class (understood here as insepara-ble from the thought production) under the restrictive conditions imposed by the pandemic caused by the new coronavirus. It starts from the assumption that for thought to happen, its contact with the forces of what Deleuze (2005), Foucault (2006) and Blanchot (2011) have called Outside is fundamental. Therefore, the text proposes a poetic procedure supported on a kind of reading and translation machine as a possibility of contact with such forces. And, as a basis and possibility for this invention in education, it chooses a type of reading that distorts the materials it encounters and, in a certain sense, disrespects them. It defends the idea that such movement, in confinement conditions, only becomes possible because the inside is constituted by the fold of the Outside upon itself. Under such conditions the invention of a class would, then, have to turn this fold inside out and produce something like a language for what we don't yet know.
Databáze: OpenAIRE