Artrite-encefalite dos caprinos - aspectos clínicos e epidemiológicos
Autor: | Maria do Carmo Custodio de Souza Hunold Lara |
---|---|
Přispěvatelé: | Eduardo Harry Birgel, Wanderley Pereira de Araujo, Edison Luiz Durigon, Francisco Leydson Formiga Feitosa, Juarez Pinto Fernandes Távora |
Rok vydání: | 2015 |
Zdroj: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
DOI: | 10.11606/t.10.2002.tde-14032005-162759 |
Popis: | Estudou-se a freqüência da ocorrência de anticorpos antivírus da Artrite-encefalite dos Caprinos, em caprinos de 14 plantéis localizados no Estado de São Paulo, por um período de 2 anos, utilizando-se a técnica de imunodifusão em gel de ágar. A prevalência obtida foi de 26,3%, sendo significativamente maior nos caprinos mantidos em regime intensivo (31,8% - 733/2303) de criação do que no sistema semi-extensivo (13,1% - 128- 977). A infecção pelo vírus da Artrite-encefalite dos Caprinos aumentou gradativa e significativamente após os 6 meses de idade, havendo predominância da infecção nos caprinos mais velhos. Não se detectou influência de fatores sexuais sobre a prevalência da enfermidade determinada em caprinos do sexo feminino (27,9% - 663/2375) e masculino (32,3% - 94/291). A prevalência da doença foi significativamente maior nos caprinos das raças Anglo Nubiana (63,8% - 88/138) e Toggenbourg (56,0% - 28/50) do que nas demais raças estudadas: Saanen (27,4% - 673/2458), Alpina (11,9% - 59/497), Bôer (5,9% - 2/34) e caprinos mestiços (10,7% - 11/103). Paralelamente realizou-se estudo clínico dos animais infectados pelo vírus da Artrite-encefalite dos Caprinos, quando pudemos demonstrar que 17,1% (64/374) dos caprinos sororeagentes apresentavam a forma clínica articular da enfermidade e que 6,6% (17/249) das cabras sororeagentes apresentavam a forma mamária. A possibilidade de transmissão vertical transplacentária foi menor do que 3,8%. Verificou-se ser pequena a possibilidade dos cabritos se infectarem pelo colostro de cabras sororeagentes positivas, mas podem se infectar pelo leite oriundos dessas cabras infectadas (18,8% - 3/16). O tempo de duração dos anticorpos séricos adquiridos passivamente pelo colostro variou de 60 a 120 dias. Demonstrou-se, indiretamente, a presença e a viabilidade do vírus no sangue circulante, colostro e leite de caprinos infectados, bem como a possibilidadede infectar animais susceptíveis por inoculação, sendo o período de incubação de 45 a 60 dias. Não se demonstrou diferenças significativas dos teores séricos de proteína total, gamaglobulina e da atividade enzimática da glutamiltransferase - γGT em cabritos que receberam colostro de cabras infectadas ou não infectadas pelo mencionado vírus. The frequency of occurrence of antibodies anti-caprine arthritis-encephalitis virus was studied in 14 herds in the State of São Paulo, during 2 years, using agar gel immunodiffusion. Prevalence was equal to 26.3%, and was significantly higher in animals kept under an intensive management scheme (31.8% - 733/2303), than in animals kept under a semi-extensive one (13.1% - 128- 977). Infection by the caprine arthritis-encephalitis virus increased gradual and significantly after 6 months of age. Infection was predominant in older animals. There was no gender influence on the prevalence of the disease, both in females (27.9% - 663/2375) and males (32.3% - 94/291). In relation to breed, prevalence of the disease was significantly higher in Anglo-Nubian (63.8% - 88/138) and Toggenbourg animals (56.0% - 28/50), than in the rest of the breeds studied: Saanen (27.4% - 673/2458), Alpine (11.9% - 59/497), Boer (5.9% - 2/34) and mixed breed animals (10.7% - 11/103). A clinical study of the animals infected by caprine arthritis-encephalitis virus was also performed. It was observed that 17.1% (64/374) of seroreagents presented the articular form of the disease and that 6.6% (17/249) of the seroreagent females presented the mammary form of the disease. The possibility of vertical, transplacentary transmission was lower than 3.8%. It was observed that the probability of infection of kids by colostrum of infected females was low (18.8% - 3/16). Antibodies passively acquired by colostrum ingestion lasted from 60 to 120 days. The presence and viability of the virus circulating in blood, colostrum and milk of infected animals, as well as the possibility of infection of susceptible animals by inoculation was indirectly demonstrated. Incubation period ranged from 45 to 60 days. There was no significant difference in serum levels of total protein and gammaglobulin, and in enzymatic activity of glutamiltransferase - γGT in kids that received colostrum from infected and non-infected females. |
Databáze: | OpenAIRE |
Externí odkaz: |