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O presente trabalho traz em seu âmago a discussão sobre o modelo desenvolvimentista do Estado que tem como pretensão crescer a qualquer custo, fundamentalmente através de polos de desenvolvimento como o Complexo Industrial Portuário de Suape (CIPS). Evidentemente o bônus desse crescimento não é repartido de forma igual com as diferentes camadas sociais, visto que, os mais vulneráveis sofrem o ônus deste modelo econômico. Assim, são caracterizadas as injustiças sociais, e neste caso, também ambientais, pois, as atividades industriais de grandes empreendimentos, como a Refinaria Abreu e Lima, tem um alto potencial de degradação ambiental. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo identificar quais as situações de injustiças ambientais cometidas pela Empresa Suape e indústrias localizadas no interior do CIPS que afetam a comunidade Engenho Mercês. Como procedimentos metodológicos foram adotados: Visitas de campo; II. Realização de entrevistas semiestruturadas; III. Pesquisa documental; e IV. Registros fotográficos. A técnica de análise utilizada para o levantamento das injustiças ambientais junto aos moradores da comunidade foi a Análise Crítica do Discurso. Como resultado, foram identificadas injustiças ambientais relacionadas à: remoção dos moradores; poluição hídrica, sonora e atmosférica; diminuição dos recursos naturais; e violência pela Empresa Suape. Em conclusão, foi observado que comunidade vem sendo descaracterização socioambiental e cultural, através de um modelo desenvolvimentista predatório que vem impedindo a reprodução social desta população. |