PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS TUMORES DE HIPÓFISE E ANÁLISE DO TRATAMENTO ATRAVÉS DA REALIZAÇÃO DE CIRURGIA ENDOSCÓPICA TRANSESFENOIDAL NA CIDADE DE JOAO PESSOA

Autor: Débora de Araujo Paz, Rafael Rudá Coelho de Morais e Silva
Rok vydání: 2023
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DOI: 10.5281/zenodo.7765091
Popis: Os tumores de hipófise constituem 10- 15% de todos os tumores intracranianos. É a doença mais comum que afeta a hipófise, sendo normalmente encontrada em pessoas na faixa dos 30 a 40 anos de idade. Podem ser classificados funcionalmente como secretores (funcionantes), os que interferem diretamente na secreção hormonal e não secretores (não funcionantes), aqueles que não apresentam clínica de hipersecreção hormonal. Os adenomas hipofisários funcionantes representam 75% dos casos. A cirurgia transfemoidal é o procedimento cirúrgico mais utilizado e seguro para a abordagem da região hipofisária. Esta pesquisa objetivou fazer um estudo sobre os tumores de Hipófise no estado da Paraíba, abordando pacientes submetidos à ressecção por via transesfenoidal, no período de 1993 à 2003. Trata-se de um estudo epidemiológico, retrospectivo, observacional e transversal do tipo descritivo. Foram analisados 33 prontuários clínicos, sendo 42,4 % dos pacientes do sexo masculino e 57,6% sexo feminino. A mediana de idade dos pacientes foi de 40 anos, apresentando um desvio padrão de 17,9 anos. 69,7% dos pacientes eram procedentes da capital do estado, João Pessoa. Com relação aos anos de maior incidência da realização da cirurgia entre 1999 e 2001 foram responsáveis por 54,6% dos procedimentos. Quando abordados pelo tamanho do tumor, 21,2% eram microadenomas, 45% macroadenomas e 30,3% estavam escritos no prontuário apenas como “adenomas”. Dos tumores funcionantes a maioria era produtor de prolactina(75%), seguido por GH(18,75%) e ACTH(6,05%). A sintomatologia mais associada aos tumores foram cefaleia e alterações visuais, porém também verificamos a presença de acromegalia, amenorreia, Diabetes, EEG com foco irritativo, epistaxe, galactorreia, vertigem e Síndrome de Cushing. Encontramos 4 casos de recidivas pós cirurgia e 1 caso de sequela. Este estudo é relevante para consolidação do conhecimento epidemiológico, constituindo um parâmetro para otimizar os serviços para melhor abordagem dos pacientes com tumores de hipófise e maior conhecimento sobre o procedimento cirúrgico realizado. 
Databáze: OpenAIRE