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Os pesticidas têm uma importante função dentro da sociedade, entretanto seu uso excessivo pode causar problemas para a saúde do ambiente. Dentre estes problemas, a contaminação do solo por agrotóxicos tem sido pouco discutida, fato preocupante, pois a qualidade do solo está relacionada diretamente ao funcionamento ecológico, a produção primária e a saúde humana. A contaminação do solo por agrotóxicos depende de diferentes fatores como os edáficos, propriedades do solo e da substância. O uso de agrotóxicos tem sido alvo de diferentes discussões mundiais, entretanto, estas discussões no cenário brasileiro tornam-se ainda mais necessárias devido ao vasto consumo e aplicação destas substâncias no país. Esta revisão apresenta uma visão crítica quanto a contaminação do solo por agrotóxicos dentro do território brasileiro utilizando como ferramentas o calculo do quociente de risco e comparação entre os valores de referência para solo canadenses e brasileiros. Vale ressaltar que apenas 12 unidades federativas brasileiras tinham dados disponíveis sobre concentrações de pesticidas em solos reais brasileiros (Amazonas, Bahia, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo). Os pesticidas mais detectados no solo e em maiores concentrações foram o Diclorodifeniltricloroetano, Hexaclorociclohexano e Hexaclorobenzeno. Em geral, os locais de estudo possuíam cenários de exposição com particularidades e não estavam relacionados ao atual uso de agrotóxicos no país. Neste contexto, é enfatizado a importância de estudos adicionais sobre resíduos de pesticidas em solos brasileiros. |