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Este texto trata da saúde humana na perspectiva do conceito de bem-estar, especificamente a partir das realidades das benzedeiras/os. A abordagem insere-se no campo da perspectiva decolonial do conhecimento, pois volta-se à atuação de agentes praticantes de saberes tradicionais de cura. Os quais portam a confiança de suas comunidades e complementam o fazer médico-científico em relação ao cuidado à saúde de indivíduos e de grupos. Para tal, a pesquisa valeu-se do levantamento bibliográfico utilizando-se do método “bola-de-neve” que permitiu a construção da análise aqui desenvolvida. O conceito de bem-estar é ainda amplamente discutido e tem interpretações múltiplas. Partindo de diferentes epistemologias o texto auxilia a compreender como a atividade da benzeção pode servir à promoção e complementação do bem-estar e, através deste, da saúde humana. A abordagem desenvolvida evidencia a importância que benzedeiras/os têm para a saúde de suas comunidades, atuando solidariamente em prol do fortalecimento do bem-estar de seus enfermos. Evidencia também algumas perspectivas da dimensão socioespacial delas/es, ao mesmo tempo que aponta a necessidade de aprofundamento desta perspectiva no campo da geografia. |