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RACIONAL: A obesidade, caracterizada pelo excesso de gordura corporal, produz efeitos deletérios à saúde e tem as cirurgias bariátricas como um dos seus tratamentos para as formas graves. Indivíduos com obesidade podem ser mais suscetíveis às complicações da doença do coronavírus 2019 (COVID-19), causada pelo vírus SARS-CoV-2, que alterou a dinâmica hospitalar mundial, impactando na realização das cirurgias bariátricas. OBJETIVO: Identificar as implicações da obesidade no quadro evolutivo da COVID-19 e as indicações para a realização da cirurgia bariátrica em tempos de pandemia da doença em questão. MÉTODO: A pesquisa foi feita nas bases de dados PubMed, Scielo e LILACS utilizando as seguintes palavras-chaves: COVID-19, SARS-CoV-2, obesity e bariatric surgery, sendo que do universo pesquisado foram selecionados 21 artigos para a revisão. RESULTADOS: A multifatorialidade da obesidade a caracteriza como fator de risco para a COVID-19, devido: ao componente imunológico, à disfunção metabólica e às comorbidades associadas como a diabetes mellitus tipo dois, doenças cardiovasculares e a função pulmonar debilitada. O aumento de gastos com recursos e de riscos de transmissão viral ao realizar a cirurgia bariátrica, além do período pós-operatório são aspectos levados em consideração para o adiamento da cirurgia. A telemedicina apresenta-se como alternativa para a manutenção dos cuidados dos pacientes com obesidade. Na retomada das cirurgias bariátricas critérios deverão ser adotados para garantir a segurança dos pacientes/profissionais de saúde. CONCLUSÃO: A obesidade interfere positivamente na progressão da COVID-19 a casos severos e a cirurgia bariátrica não deve acontecer em cenários de alta prevalência viral durante a pandemia. |