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Os estudos concernentes aos regimes totalitarios estao em destaque no campo da Ciencia politica, especialmente pela atualidade do tema bem como pelas potencialidades extremamente nefastas de uma mentalidade que contenha vestigios e similaridades com a concepcao nazifascista de governo e Estado. Alem dos autores contemporâneos classicos, que abordaram de forma analitica as nuances do totalitarismo, tais como Hannah Arendt, Eric Voegelin e Ernst Cassirer, as reflexoes estabelecidas por Alexis de Tocqueville (1805-1859) e G.K Chesterton (1874-1936) acerca da filosofia politica demonstram-se extremamente necessarias para o estabelecimento de uma visao holistica sobre o fenomeno responsavel pela crise do regime democratico e, por conseguinte, da ascensao de despotismos funestos e supressores dos direitos e garantias fundamentais. Nao obstante as obras dos autores supramencionados nao se referirem diretamente aos regimes nazifascistas, ate porque seus escritos estao inseridos no contexto do seculo XIX e inicio do seculo XX, as reflexoes e pensamentos por eles estabelecidos transmitem licoes atemporais concernentes aos perigos que afrontam a democracia, a liberdade e a propria dignidade da pessoa humana. Sendo assim, Tocqueville e Chesterton sao autores preciosos para quem deseja adquirir um conhecimento mais profundo e complexo sobre os despotismos e ameacas que possibilitam o fomento de uma mentalidade totalitaria, cujo objetivo, em ultima instância, e a propria “abolicao do homem”, compreendida enquanto a destruicao da nocao de individualidade. |