Obtenção e avaliação físico-química da farinha de trigo especial desglutenizado

Autor: Franky Soedirlan Resosemito, Jorgina Gomes Carvalho, Rosiane Rocha de Araújo, Andressa Ellen Castro Sousa, Douglas Sodre Ferreira, Mateus da Silva Gonçalves, Jaqueline Soares dos Santos, Auxiliadora Cristina Correa Barata Lopes
Rok vydání: 2022
Zdroj: Latin American Journal of Development. 4:1533-1540
ISSN: 2674-9297
DOI: 10.46814/lajdv4n4-015
Popis: A reação à ingestão de glúten presente no trigo pelos portadores da doença celíaca é a inflamação do intestino delgado, levando à má absorção de vários nutrientes importantes, incluindo ferro, ácido fólico, cálcio e vitaminas lipossolúveis. O glúten não é transformado quando os alimentos são assados ou cozidos, por isso deve ser substituído por outras opções como o trigo desglutenizado. A retirada do glúten da farinha de trigo é desafiante, pois este representa a rede protéica que retém o gás carbônico, produzido no processo de fermentação e, conseqüentemente pela expansão da massa. O objetivo principal desta pesquisa é a obtenção e avaliação físico-química da farinha de trigo especial desglutenizado. O experimento foi conduzido no Laboratório de Panificação do setor Agroindústria do IFMA São Luis - Campus Maracanã, no período compreendido entre os meses de março de 2013 e janeiro de 2014. O processo da obtenção do trigo desglutenizado consiste em hidratar o trigo com água e amassamento até formar a rede de glúten. Em seguida, a massa formada foi lavada e peneirada. O glúten por ser insolúvel em água ficou retido na peneira e o restante da farinha (amido, proteínas solúveis e a solução) foi coletado em um béquer. O glúten úmido foi pesado para calcular o rendimento aproximado da desglutenização. O béquer contendo a suspensão de amido foi mantido a 4ºC, por duas a três horas, para que ocorrer a decantação e separação de fases. Após a separação, o amido foi seco a 60ºC numa estufa. O produto seco foi triturado, usando um liquidificador inoxidável, homogeneizado manualmente e em seguida o mesmo foi pesado para verificação do rendimento. Foram analisados também os teores da cinzas, umidade, pH, proteínas e carboidratos do trigo desglutenizado segundo a metodologia do Instituto Adolfo Lutz. Para as analises teor de umidade não houve nenhuma amostra fora dos padrões de qualidade de farinha de trigo desglutenizado. O valor de cinzas das amostras C e D com 2,0 % estão acima dos padrões para fabricação de pão. Todas as amostras apresentaram redução nos teores em proteínas e acréscimo nos teores dos carboidratos.
Databáze: OpenAIRE