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As áreas urbanas influenciam o microclima local em virtude da supressão da vegetação ou substituição dos campos agrícolas por áreas altamente impermeabilizadas. Essas modificações da paisagem afetam a temperatura de superfície terrestre (TST), que pode ser estimada por dados do infravermelho termal. No que se refere a áreas verdes, podem ser analisadas com o Índice de Vegetação de Diferença Normalizada. Ao espacializar estes índices com dados de imagens do satélite Landsat 8, pôde-se avaliar a relação entre eles nos perímetros urbanos de Maringá e Londrina, estado do Paraná. Foi possível determinar o grau de interferência da vegetação sobre a temperatura de superfície, quantificada por meio do Índice de Correlação de Spearman e da autocorrelação espacial global e local. Os resultados revelaram grau de correlação bem semelhante para as duas áreas, sendo de -0.81 e -0.84, respectivamente, para Maringá e Londrina, indicando que em ambas cidades os parâmetros estão fortemente correlacionados. Em termos espaciais, no entanto, verificou-se que em Londrina não há concentração de áreas verdes suficiente para atenuar a TST nas regiões mais urbanizadas, diferentemente do que ocorre em Maringá, em que a presença de cobertura vegetal atenua as altas temperaturas, influenciando o microclima local e contribuindo para o conforto térmico. |