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Introdução: O craniofaringioma é uma neoplasia benigna de difícil tratamento mesmo com ampla variedade de procedimentos terapêuticos disponíveis. Este fato decorre das suas características biológicas peculiares e de sua localização habitual. Material e métodos: Este é um estudo retrospectivo de pacientes com diagnóstico de craniofaringioma operados pela via trans-esfenoidal no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Trinta e quatro pacientes, operados no período de 1981 a 2000, tiveram seusprontuários avaliados. Dados referentes à condição clínica, exames de tomografi a e ressonância magnética, bem como dados endocrinológicos foram verifi cados antes e após o procedimento cirúrgico, referentes ao último retorno ambulatorial conhecido. Os dados obtidos foram submetidos à análise estatística. Resultados:A faixa etária foi de 4 a 45 anos; 55,88% dos pacientes eram do sexo feminino. A média do tempo de seguimento foi de 5,7 anos (d.p.= 5,9 anos); 44% dos casos tinham exame de imagem inicial mostrando compressão de vias ópticas pelo tumor. Fístula liquórica foi a complicação mais freqüente associada ao procedimento. Conclusão: Concluímos que a via trans-esfenoidal é um procedimento válido para este tipo de tumor. Os melhores resultados foram para os tumores de volume menor. As seqüelas endócrinas são muito freqüentes no seguimento em longo prazo. |