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Este estudo objetiva dimensionar os principais efeitos da pandemia do Novo Coronavírus quanto aos comportamentos e hábitos alimentares de estudantes universitários brasileiros. Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva com abordagem quantitativa. Realizou-se por voluntariedade, em ambiente virtual, por meio de um questionário online anônimo (Google forms) abrangendo perguntas sobre comportamento alimentar, frequência alimentar e o uso de medicamentos antidepressivos durante o período da pandemia do COVID-19. Avaliou-se 268 participantes, que foram majoritariamente universitários da área de ciências da saúde (57,7%), a maioria de instituição pública (66,3%), entre o quinto e oitavo período. Identificou-se a presença de sentimentos de tristeza ou sentimento de frustração por causa do peso corporal (50%), desejo de comer em momentos de ansiedade, preocupação e tensão (52,6%). A quarentena foi citada como fator para piora da qualidade de vida (47,8%), na qual encontraram dificuldade para dar seguimento à rotina habitual (82,1%). A preocupação com a forma física gerou sentimento de desvantagem (51,1%), levando à reflexão sobre fazer dieta (44,4%) e se exercitar (83,6%). Quanto a frequência alimentar semanal, os universitários relataram um alto consumo de alimentos in natura ou minimamente processados (67,47%), um percentual médio de 52,42% para alimentos processados e frequência menor para ultraprocessados (47,13%). A maioria relatou não fazer uso de antidepressivos (85,4%). A pandemia refletiu negativamente na autopercepção da imagem corporal e no comportamento alimentar. Não foi observado um uso expressivo de fármacos antidepressivos. |