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Os transtornos mentais acometem milhões de pessoas no mundo. Dados da Organização Mundial de Saúde dizem que aproximadamente 154 milhões de pessoas têm depressão, 25 milhões sofrem de esquizofrenia, 91 milhões de pessoas possuem transtornos relacionados ao abuso de álcool e 15 milhões, por abuso de drogas. Apesar dessas taxas de incidência variarem muito de acordo com cada país, um padrão de aumento tem sido identificado principalmente nos países em desenvolvimento, como o caso do Brasil. São agravos que correspondem a uma grande carga de doença com possibilidade de causar incapacidades e sofrimento, tanto para os indivíduos como para seus familiares. Alguns grupos específicos sofrem maior incidência de transtornos mentais e demandam uma atenção e cuidado mais vigilante, como idosos, gestantes e adolescentes. A adolescência é um período muito peculiar, pois é uma fase em que surgem muitas mudanças e conflitos, o que pode ser fator gerador de estresse e transtornos mentais. Um diagnóstico de transtorno mental na adolescência guarda características muito particulares e complexas. Devem-se considerar as informações sobre a família, sua dinâmica e estrutura, bem como aspectos sociais e de desenvolvimento físico, cognitivo e emocional. Os mais comuns na adolescência são: a ansiedade, a depressão e a experimentação de substancias psicoativas. Esta obra busca fazer a análise dos casos de transtornos mentais em adolescentes no estado do Paraná e traz de forma objetiva a evolução temporal desses agravos nos últimos anos. Mostra o crescimento de alguns diagnósticos específicos e a redução de outros. Também analisa como foi o comportamento dessas internações em relação as mudanças que ocorreram na Rede de Atenção Psicossocial no Estado e como alguns dispositivos foram capazes ou não de provocar redução nas hospitalizações por essas causas. |