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O artigo discute experiências de mapeamentos participativos ou de mapeamentos sociais elaborados por populações tradicionais, indígenas em particular, que utilizam novas tecnologias de mapeamento na produção de cartografias sociais. O material analisado é parte das atividades realizadas no âmbito do Projeto Nova Cartografia Social da Amazônia – PNCSA, consolidadas em fascículos que sintetizam o processo de elaboração e apresentam os mapeamentos produzidos por distintos grupos ou comunidades. Foram escolhidas para a análise as experiências de mapeamentos realizados por indígenas inseridos em cidades da Amazônia. As oficinas de mapeamentos sociais com atuação dos indígenas trazem elementos significativos para o entendimento de sua inserção na cidade, de sua apreensão do espaço urbano, bem como de estratégias de reprodução social que a vida em cidades ensejam. Resultam da elaboração dos automapeamentos reivindicação por terra e territórios bem como de outros direitos, especialmente no contexto urbano em que demandas de afirmação identitária emergem. Assim, processos de automapeamento tem promovido praticas de reconhecimento e políticas públicas para demandas de grupos específicos. As oficinas de automapeamentos dos indígenas apontam para usos inéditos das tecnologias de mapeamento social, para seu potencial de elaboração e reforço de identidades étnicas e para o reconhecimento da heterogeneidade que as cidades amazônicas encerram. |