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Examina-se criticamente o desempenho escolar de adolescentes ocorridos num espaço cronológico predefinido. A pesquisa serviu-se de indivíduos de ambos os gêneros, oriundos de todas as séries do Ensino Fundamental de uma escola pública da periferia de Pelotas-RS. Detectou-se que a aprovação, reprovação, transferências e evasão escolar podem estar relacionadas ao uso de marcadores linguísticos entre os gêneros, determinados pela linguagem, cultura e identidade. Estes são fatores sociolinguísticos apontados como possíveis causas de que o desempenho escolar de meninos seja pior do que o de meninas. O procedimento metodológico utilizado foi o método quantitativo correlacionado com os estudos sociolinguísticos labovianos. Os dados foram colhidos através de um Banco de Dados de Demografia Escolar (BDDE) e por um estudo complementar da língua escrita, baseado em redações de alunos em sala de aula. A análise tomou como parâmetro as contribuições de especialistas sociolinguistas. Os principais resultados auferidos destacam que a escola desenvolve um modelo pedagógico que privilegia uma língua padrão que favorece o gênero feminino, isto está demonstrado pelo baixo desempenho escolar dos adolescentes do gênero masculino; as meninas têm melhor índice de desempenho escolar na faixa etária entre dez e onze anos e os meninos pré-adolescentes nesta mesma faixa etária têm seu desempenho escolar prejudicado, porque não se adaptam ao ambiente escolar; a linguagem, cultura e identidade, podem influenciar nas altas taxas de reprovação; os meninos e pré adolescentes perdem o interesse pelo estudo, têm dificuldade de acompanhar os conteúdos do currículo escolar, têm baixa estima. O trabalho foi estruturado em duas partes de modo que a parte I trata dos aspectos introdutórios e a revisão de literatura. A parte II trata da metodologia, análise e conclusões. |