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Este artigo analisa o gênero textual discursivo meme como objeto de leitura e interpretação face a situações didáticas de aprendizagem, diante das quais o posicionamento do(a) leitor(a)tem de se direcionar crítica e analiticamente ao texto e ao mundo social e linguístico, visando à construção e (re)elaboração dos sentidos. Os autores que nos embasam neste itinerário são os seguintes: Freire (2011), Benveniste (2014), Chartier (1999), Soares (2004), Bakhtin (2011), Adam & Heidmann (2011), Marchuschi (2002), Brait (2000), Schneuwly & Dolz (2004), Bawarshi & Reiff, (2013), Kleiman (2005), Barbosa & Rovai (2012). Num primeiro momento, relacionamos indagações reflexivas acerca das dimensões composicional, linguística, discursiva e social dos chamados gêneros textuais discursivos, a fim de demarcar a necessidade de apropriação desses organismos materiais da linguagem como objetos e também como objetivos de uma prática didático-pedagógica em língua portuguesa. Num segundo momento, trazemos à baila, para efeito de elucidação apreciativa, o gênero meme propriamente dito, em exemplos retirados da internet, esse suporte/meio no qual eles circulam diariamente, atravessando as inúmeras redes sociais e sob os olhares dos incontáveis leitores que deles se valem em manuseios interativos os mais diversos. Em conclusão, temos que a leitura do gênero meme operacionaliza interpretações críticas do texto e do mundo e perfaz uma pré-construção textual-discursiva de retomadas. |