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A gestão de tecnologias na assistência hospitalar tem sido uma preocupação constante no setor saúde. A dinâmica da inovação tecnológica, por sua vez, tem sido considerada uma das razões para o crescimento dos gastos em saúde e representa um dos grandes desafios no setor público e privado. A avaliação da saúde assume um papel de destaque, exigindo que os gestores enfrentem novos desafios na busca contínua da eficiência e eficácia das atividades, garantindo a competitividade e qualidade dos serviços prestados à população. As questões de melhoria do desempenho econômico da organização, também são parte das exigências dos gestores, onde uma adequada gestão de custos auxilia o processo de tomada de decisões. Os hospitais são empresas prestadoras de serviços de saúde e objetivam manter atendimento de qualidade aos seus usuários. As empresas, mesmo prestadoras de serviço em saúde, buscam criar uma vantagem competitiva sustentável para sobreviver em um ambiente de maior crescimento da concorrência. A vantagem competitiva caracteriza-se pela criação de valor para o cliente a um custo igual ou mais baixo do que aqueles oferecidos pelos competidores. Os custos na área de saúde são relevantes, pois envolvem aspectos relacionados aos gastos públicos na área, aos problemas de financiamento desses gastos etc. Sendo assim, é necessário entender o conceito de custos para auxiliar nas decisões estratégicas, possibilitando um serviço de maior confiabilidade. Esse estudo apresentou como objeto verificar os conceitos de custos em saúde e a sua importância no gerenciar em saúde. O estudo proposto foi realizado através de uma revisão de literatura, que se utilizou a base de dados do google acadêmico. Para guiar este estudo, foi elaborada a seguinte pergunta de pesquisa: Quais serão os conceitos de custos em saúde? De que modo esses conceitos influenciam no gerenciamento em saúde? A contabilidade de custos é fundamental para auxiliar no controle e tomada de decisão nas organizações, ela desempenha um papel muito importante, sendo considerado um valioso instrumento de gestão para auxiliar as organizações hospitalares. Além disso, estuda os investimentos necessários para que se produza um bem de venda ou de serviços. O termo gasto trata-se de um sacrifício financeiro necessário para obter um produto e/ou serviço. Os gastos podem ser classificados como custo, despesa ou investimento. Pode-se dizer que o gasto só se transforma em um custo quando utilizado para produzir um bem ou prestar um serviço. Os custos são classificados quanto ao produto e quanto ao volume de produção. Quanto ao produto, podem ser classificados em diretos ou indiretos. Os custos diretos são aqueles que estão diretamente ligados a um determinado produto, linha de produto, departamento ou centro de custo. Os custos diretos não precisam ser submetidos a critérios de rateio, pois são apropriados diretamente aos produtos fabricados. Os custos indiretos são aqueles que não são identificados diretamente nos produtos e serviços. Existe a necessidade de serem devidamente alocados, através de critérios de rateio por exemplo. Quanto ao volume de produção ou venda, os custos podem ser classificados em custos fixos ou variáveis. O que é levado em consideração para classificar em um ou outro é a relação entre o valor total do custo no período e o volume de produção. Os custos fixos são aqueles que não sofrem alterações influenciadas pelo volume de produção, ou seja, independem do nível de atividade. Por sua vez, os custos variáveis são aqueles que estão ligados ao nível de produção da empresa, portanto, sofrem alterações influenciadas pelo volume de produção. Importante colocar, que os sistemas de custeio são fundamentais no gerenciamento da empresa, seja ela pública ou privada, e referem-se às formas como os custos são registrados e transferidos dentro da empresa. É o fundamento da Contabilidade de Custos ligado à decisão de como deve ser mensurado o custo do produto. A escolha do sistema de custeio adotado pela empresa se dá através do tipo de informação que a gerência espera obter a partir do sistema de custeio a ser implantado. Os métodos de custeio tradicionais são o custeio por absorção, o custeio variável (ou direto) e o custeio baseado em atividades. O custeio por absorção consiste na apropriação de todos os custos, sejam diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, à produção do período. Ou seja, o custeio por absorção traz os custos variáveis e fixos somados para o custo do produto, seja ele em elaboração ou acabado. O custeio por absorção é adotado pela legislação comercial e legislação fiscal, porém como ferramenta de gestão, nem sempre pode ser útil, pois possibilita distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e serviços. O custeio variável, ou custeio direto, é um método de custeio que consiste na apropriação de todos os custos variáveis: diretos ou indiretos para os produtos; enquanto os custos fixos considerados despesas. Este método não é permitido pela legislação fiscal, portanto serve somente para fins gerenciais. Este método não é aceito na elaboração de relatórios contábeis. O custeio baseado em atividades ou ABC é utilizado com o objetivo de “reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. Este sistema identifica as atividades, rateia os custos às atividades e estas para os produtos ou serviços finais. Conclui-se que as empresas possuem um grande desafio de encontrar a maneira adequada de gerenciar seus custos para se tornarem competitivas no mercado, ao encontrar uma forma de gerenciar seus custos elas irão adquirir uma vantagem competitiva definindo seus preços não apenas pelos custos incorridos, mas sim, pelos preços praticados no mercado em que atuam. Por fim, ratifica-se a importância da temática de custos em saúde e suas influências positivas ou negativas no gerenciamento em saúde. |