Avaliação da marcha em paciente com paralisia cerebral submetido à estimulação elétrica dos compartimentos anterior e lateral da perna

Autor: Tiago Lazzaretti Fernandes, Klévia Bezerra Lima, Paulo Roberto Santos-Silva, Milton Seigui Oshiro, Adilson de Paula
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Acta Fisiátrica. 18:42-44
ISSN: 2317-0190
0104-7795
DOI: 10.11606/issn.2317-0190.v18i1a103517
Popis: Crianças com lesão do neurônio motor superior possuem déficits funcionais desafiadores. As alterações de marcha são conseqüências da espasticidade, padrão primitivo locomotor, pobre controle motor central e controle debilitado da propriocepção. O objetivo do presente estudo é mostrar os benefícios da eletroestimulação no padrão da marcha do paciente com paralisia cerebral através do laboratório de marcha e teste ergoespirométrico. Método: Paciente do grupo de Neuro-Ortopedia do IOT HC-FMUSP, sexo feminino, 24 anos, estudante, portadora de paralisia cerebral do tipo diplégico espástico, deambuladora comunitária e pés eqüinos flexíveis. Equipamento de análise de marcha: HAWK, Motion Analysis Corporation. Analisador metabólico CPX-D, Medgraphics, EUA. Estimulador elétrico modelo EEF-4, Lynx Tecnologia. Frequência de estímulo de 20Hz, ON/OFF 5s/10s, 40min, 3X/semana por 1,5 meses nos compartimentos anterior e lateral das pernas. Resultado: dorsiflexão fase de balanço pé direito e esquerdo anterior ao estímulo: 2,12º e -0,17º, respectivamente. Após 1,5 meses do término do protocolo: dorsiflexão pé direito=7,54º, dorsiflexão pé esquerdo=5,31º. Ergoespirometria: Aumento do tempo de tolerância ao exercício (TT) em 194%, PO2 em 50%, VO2 em 17% e economia energética relativa a 22% da FC. Conclusão: a estimulação elétrica da perna pode ser responsável por alterações na cinemática não só do tornozelo, mas de todo o membro inferior, influenciando o padrão da marcha e a condição cardiopulmonar do paciente com paralisia cerebral.
Databáze: OpenAIRE