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Objetivo: identificar a partir da fala de enfermeiras se o ventilador mecânico se configura como obstáculo para o cuidado de enfermagem confortante em unidade de terapia intensiva. Método: Estudo descritivo-exploratório, de abordagem qualitativa. A coleta de dados foi realizada em uma unidade de Assistência, Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Fundação Oswaldo Cruz - Fiocruz, localizada na cidade do Rio de Janeiro-RJ, no período compreendido entre julho e agosto de 2011. Resultados: Nas respostas das enfermeiras sujeitos-objeto, verificamos que 64,7% acreditam que o ventilador mecânico pode dificultar a prestação de cuidados confortantes à criança em terapia intensiva pediátrica, enquanto que, para os 25,3% apontam que em momento algum o ventilador mecânico interfere ou se torna um obstáculo para a oferta de cuidados de enfermagem que possam contribuir para a promoção ou a manutenção do conforto no corpo do paciente pediátrico necessitado desta tecnologia para se manter vivo, independentemente de sua situação clínica, inclusive, aqueles que se encontram acordados e em condições de comunicação não verbal. Conclusão: Discorrendo sobre a tecnologia humanizada, que trago aqui significando aquela que leva em consideração o paciente como um todo, na obra que discute a possibilidade de uma tecnologia humanizada nos deparamos com o que pode parecer eficaz por uma definição limitada e que pode ser altamente ineficiente se o tempo e o campo de ação do estudo forem ampliados. Neste pensamento, se nos detivermos ao estudo do ventilador mecânico somente do ponto de vista biomédico o consideraremos eficaz, pois equilibra a dinâmica respiratória e restabelece a oxigenação celular, conforme esperado. |