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Os ouriços-do-mar são animais de hábito séssil que vivem em recifes, são herbívoros se alimentando de algas. Estes animais são caracterizados por uma carapaça calcária dotada de espinhos que lhes confere uma forma ovoide. São predados por vários animais que habitam o ambiente marinho e também os que não habitam. Na classe Echinoidea ocorre a gonocoria entre machos e fêmeas em igual proporção, sendo os gametas liberados no ambiente em que vivem. O objetivo central do trabalho foi a comparação morfológica dos ouriços em diferentes regiões e inferir, a partir das informações obtidas e do arranjo morfológico dos ouriços as interferências sofridas na população e suas visíveis consequências. Foram realizadas coletas na praia de Enseada dos Corais, no litoral sul de Pernambuco: a primeira (lat.: -8,32° e long.: 34,96°) num ponto próximo à costa e a segunda (lat.:-8,34° e long.:- 34,95°), num ponto próximo ao mar aberto. Para tanto uma área pré-selecionada, e os quadrantes (0,25m²) foram usados para demarcar a área de coleta a temperatura variava entre 32 a 35,6 ºC. Foi identificado que a população de ouriços-do-mar variava entre os quadrantes, numa área sendo aproximada de 4.375m2. Além disso foi evidenciado a presença de algas, de predadores (siris, aves e peixes recifais), bem como, organismos do grupo Anthozoa. As gônadas tinham coloração alaranjadas, com espinhos finos e quebradiços. Para aqueles ouriços que estavam próximo ao mar aberto, estes tinham espinhos maiores e mais resistentes. A morfologia deles foram diferentes: carapaça irregular, espinhos quebradiços, principalmente quando se comparava as populações da áreas mais próximos do mar aberto dos ouriços e aqueles encontrados na região próxima as piscinas naturais, talvez em consequência dos eventos ambientais, da alimentação, do clima, que possivelmente promoveu interação ecológica interespecífica, e ainda a atividade raspadora no substrato no qual eles estavam inseridos para se abrigar. A densidade de indivíduos e as características anatômicas como peso e tamanho também foram discrepantes comparando as duas regiões devido às características de onde estavam instalados. O ambiente parece interferir no comportamento do Echinometra lucunter e com isto talvez interferindo na sua fisiologia animal e contribuindo na bioerosão e número populacional. |