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O objetivo deste artigo é apresentar o atual estágio do processo de constituição de corporahistóricos para o estudo da língua portuguesa em terras mineiras no decorrer dos séculos XIX e XX. Com base na produção de conservadoras edições de documentos pessoais e oficiais, à luz das orientações teórico-metodológicas de Bergs (2005); Conde Silvestre (2007); Hernández-Campoy e Conde Silvestre (2012), buscamosexpor algumas evidências de edições de atas, estatutos confrariais,receitas culináriasecartas pessoaisproduzidas por mineiros entre os séculos XIX e XX.A proposta é a de apresentar amostras históricas representativas dos acervos históricos de Minas Gerais até o momento levantadas e estudadas no âmbito da FALE/UFMG,tendo em vista, por exemplo, o fato de as cartas mais íntimas (familiares e amorosas) mostrarem-se preferencialmente mais transparentes em relação à explicitação de traços linguísticos da norma de uso (CUNHA, 1985) do PB, cf. discutido por Rumeu (2013).Em contrapartida, nas atasdo IHGMG e nos estatutos confrariais, prevemos a expressão não só da escrita culta mineira cujo contexto de escritura é de elevado grau de formalismo, mas também de pistas do contexto histórico-social. Acreditamos, pois, em conformidade com Lobo (2001), que conservadoras edições de manuscritos históricos (oficiais ou não-oficiais) correspondam aos desejos do linguista-pesquisador ávido por fontes fidedignas ao estudo da estruturação da pluralidade de normasdo português brasileiro, cf. Callou, Barbosa e Lopes (2006). |