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Objetivo: Identificar o perfil clínico de pacientes submetidos ao tratamento de câncer de mama, e a realização de exames de rastreio de cardiotoxicidade. Método: Estudo transversal, observacional, quantitativo, descritivo e , que analisou prontuários de pacientes acima de 18 anos que trataram câncer de mama entre 2015 e 2019. Os desfechos para análise compreendem o desenvolvimento de insuficiência cardíaca clinicamente manifesta ou uma queda na fração de ejeção ventricular esquerda superior ou igual a 10% em relação ao valor inicial, para um valor abaixo de 50%. Resultado: Dos 151 pacientes analisados, 70 possuíam hipertensão arterial sistêmica, 31 apresentavam diabetes mellitus 2. A média da idade na amostra foi de 65,5 ± 13,3 anos, sendo 149 mulheres. Com relação aos quimioterápicos, 92 utilizaram ciclofosfamida, 84 doxorrubicina e 13 trastuzumabe. A ecocardiografia pré-quimioterapia foi realizada em 56 pacientes, enquanto 27 realizaram o exame após a quimioterapia, sendo a fração de ejeção ventricular esquerda média antes do tratamento de 67 ± 8% e após tratamento de 64 ± 5%. Com base nos critérios utilizados nesse estudo, nenhum paciente apresentou cardiotoxicidade decorrente de quimioterapia, porém cinco pacientes apresentaram insuficiência cardíaca clinicamente manifesta. Conclusão: O perfil clínico encontrado no presente estudo foi composto majoritariamente por mulheres idosas com comorbidades. Foi observada uma baixa frequência de monitorização cardiológica pós-QT, por intermédio da ecocardiografia, associada a uma ausência de cardiotoxicidade por quimioterápicos documentada e a ocorrência de insuficiência cardíaca clinicamente manifesta em um pequeno grupo de pacientes. |