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O presente trabalho trata da representação que alguns jovens estudantes ludovicenses fazem sobre a Ciência. Ele se justifica na medida em que, em proporções alarmantes, surgiu no Brasil uma onda de negacionismo científico bem de encontro ao que se supunha: que a Ciência ocupasse um lugar seguro e de destaque na sociedade, com autoridade suficiente para indicar as melhores soluções para os diversos problemas. Se antes ela fora superdimensionada, tomada por absoluta e por dona da verdade, passou a ser deslegitimada e desvalorizada por especulações de grupos e por opiniões pessoais sem quaisquer fundamentos, em completo desserviço ao progresso, abrindo campo para discursos conspiratórios e fundamentalistas e relaxando as exigências de estudo e de aperfeiçoamento, cada vez mais necessários em um mundo regido pela especialização científica e tecnológica. Sem se ater a uma ou outra concepção de Ciência e do fazer científico, buscou-se verificar as concepções deste público, através de diálogos e daplicação de questionário, sobre a ciência, sua utilidade, modus operandi e suas identificações com o fazer científico. Participaram 59 estudantes, entre 15 a 18 anos, de escolas públicas (36,1 %) e privadas (63,9 %). Os resultados indicaram que a maioria (90 %) entende que a ciência é uma atividade social realizada em diversos espaços e instituições, que se caracteriza por possuir conhecimentos articulados, obtidos metodicamente, capazes de entender e prever fenômenos (66,7 %) e que é um conhecimento como outro qualquer, sujeito a erros de interpretações e de medidas, mas que é obtido através de métodos (81,7 %). |