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A mortalidade materna ainda consiste em um problema de saúde pública, tornando-se um dos indicadores de desenvolvimento humano e socioeconômico de um país. A Organização Mundial da Saúde (OMS) a define como qualquer óbito que ocorra no período gestacional ou até 42 dias após o parto, sendo excluídos os óbitos decorrentes de fatores acidentais ou incidentais. A pesquisa teve como objetivo conhecer o perfil epidemiológico da mortalidade materna no Rio Grande do Norte, no período de 2016 a 2020. Tratou-se de um estudo observacional descritivo e bibliográfico a partir de dados oficiais, com enfoque quantitativo e foi realizado através de levantamento de dados relacionados à mortalidade materna no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), disponibilizados por meio da plataforma TABNET/DATASUS. A coleta de dados ocorreu durante os meses de maio e junho de 2022 a partir das variáveis disponíveis no sistema. Foram elaborados gráficos e tabelas com os dados coletados através do software Microsoft Word 2019, permitindo a análise estatística descritiva dos dados, com base em frequências absolutas e relativas. Os resultados identificaram 156 óbitos maternos, com destaque para o ano de 2017. Houve predominância de notificações em ambiente hospitalar, no período do puerpério, com causas obstétricas diretas, em mulheres solteiras de cor/etnia parda, com escolaridade 8 a 11 anos, na faixa etária de 20 a 29 anos. Conclui-se que a mortalidade materna no Rio Grande do Norte é preocupante, sendo necessário o estabelecimento de estratégias públicas focadas na promoção da saúde da mulher para reduzir esse cenário. |