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A disposição irregular de resíduos sólidos urbanos gera diversos impactos ambientais decorrentes da sua decomposição, cujo produto contém substâncias tóxicas e persistentes que podem contaminar o solo e as águas subterrâneas. Dessa forma, o objetivo do trabalho foi avaliar a contribuição dos depósitos de resíduos urbanos do Estado de Minas Gerais como fonte poluidora de solo e água subterrânea, analisando os riscos de propagação dos contaminantes de acordo com a pedologia e a litologia locais, bem como avaliar a vulnerabilidade natural dos aquífero à contaminação. Foram realizados o levantamento das áreas contaminadas no período de 2009 a 2020, a elaboração de mapas pedológicos e litológicos, a determinação das cargas hidráulicas e fluxos de contaminação e a aplicação do método GOD. Foi constatado que os depósitos de resíduos sólidos urbanos representam menos de 1% do total de áreas contaminas em Minas Gerais. A vulnerabilidade à contaminação dos aquíferos indica que as áreas estudadas – lixões de Contagem e de Itueta e aterros de Itabira e Uberaba, apresentam baixa vulnerabilidade, com exceção do lixão de Nova Lima, que apresenta alta vulnerabilidade. Dentre as áreas estudadas, a área de Nova Lima apresentou a pior situação em virtude do solo raso e com baixa capacidade de retenção de poluentes, da baixa profundidade do aquífero e por apresentar substâncias altamente tóxicas; enquanto Uberaba apresenta maior proteção tanto por apresentar nível d’água mais profundo como por possuir aquífero coberto por uma camada de rocha (dacito), que dificulta o acesso do poluente ao aquífero. |
