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Objetivo: Analisar a prevalência de Transtornos Mentais Comuns (TMC) e fatores associados em profissionais de saúde de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um Hospital Universitário de Recife-Pernambuco, Brasil, durante a pandemia de Covid-19. Métodos: estudo transversal exploratório, realizado no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco - HCPE, localizado na cidade de Recife. A pesquisa utilizou dois questionários, o Self Report Questionnaire – 20 e outro que continha informações sociodemográficas, de tratamento de saúde mental e de trabalho individual. Para a análise dos dados, foi realizada a frequência absoluta e relativa das variáveis analisadas. Para a análise bivariada, utilizou-se a estimativa da associação entre os desfechos e as variáveis independentes por meio do teste do qui-quadrado e suas respectivas razões de prevalência. Resultados: foram respondidos 91 questionários, correspondendo a 81,25% do espaço amostral. A presença de TMC foi observada em 57,1% (n = 56) dos profissionais, 63,7% (n = 58) referiram dormir mal, enquanto 64,8% (n = 59) cansava-se com facilidade e 61,5% (56) relataram cansaço o tempo todo. O sexo feminino teve prevalência de 1,84 vezes mais TMC (IC95% = 1,18-2,86; x2 = 0,012). Indivíduos sem companheiro apresentaram prevalência 1,44 vezes maior de TCM (IC = 1,01-2,05; x2 = 0,035). Conclusões: Esta pesquisa encontrou elevada frequência de agravos à saúde mental entre os trabalhadores da UTI pesquisada, além de sintomas relacionados aos TMC. Esses dados demonstram a necessidade de desenvolver ações e estratégias para prevenir os efeitos da pandemia sobre a saúde física e mental dos trabalhadores da linha de frente de todas as regiões do país, epidemiologicamente semelhantes. |