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O Programa Luz para Todos pretende, ate 2011, com o acesso a energia eletrica, trazer 12 milhoes de brasileiros do seculo 19 para o seculo 21 [1]. Paralelamente, a energia solar se apresenta, a cada dia, como alternativa de grande solucao energetica. E uma fonte inesgotavel, relativamente limpa e promove a total preservacao do meio ambiente, alem de atender a todas as pessoas de forma gratuita. Quando aplicada em conjunto com as acoes de acesso e infra-estrutura conjuga uma acao de eficiencia energetica [2]. Os sistemas de aquecedores solares inicialmente fabricados no Brasil tinham custos proibitivos e impediam o acesso das comunidades carentes a tecnologia. Entretanto, nos ultimos anos muitos fabricantes perceberam que essa tecnologia poderia ser estendida a um numero maior de consumidores se os custos se tornassem atraentes [3]. Dar acesso ao pequeno produtor rural a energia eletrica sem pensar na extensao rural dessa propriedade, com acoes que prestigiem a producao e a transformacao a partir da propriedade rural, cria falsas expectativas, ao se partir apenas do pressuposto de se obter um conforto humano momentâneo a que, entretanto, nao gera emprego e nao tras aumento da renda familiar. Logo, e bem possivel que passada a euforia inicial de ter luz eletrica em casa, e, ao aparecer um novo gasto que antes nao fazia parte do orcamento mensal da familia (custo mensal da energia), haja um significativo aumento do risco de perda de poder aquisitivo, pois o pequeno produtor passa a retirar da renda da propriedade, bem modesta ou quase nenhuma, recursos que em muitos casos sao representativos e que serao destinados ao pagamento da conta de energia a concessionaria [4] e [5]. Em consequencia, isto pode aumentar o empobrecimento desse consumidor e tornando-o inadimplente com a concessionaria e interrompendo o seu fornecimento de energia. |
