Prevenção de Dano Esofágico Durante Ablação de Fibrilação Atrial por Desvio Mecânico do Esôfago

Autor: Ricardo Carneiro Amarante, Juan Carlos Pachón Mateos, José Carlos Pachón Mateos, Tasso Julio Lobo, Juan Carlos Acosta, Carlos Thiene Cunha Pachón, Christian Higuti, Felipe Ortencio, Tomás Guillermo Santillana Peña, Enrique Indalécio Pachón Mateos
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Journal of Cardiac Arrhythmias. 32:278-290
ISSN: 2674-7081
DOI: 10.24207/jca.v32n4.982_pt
Popis: A fibrilação atrial é a arritmia de maior prevalência na população mundial. Apesar do uso de antiarrítmicos, é de difícil controle clínico, ocasionando sintomas e principalmente gerando risco de um evento tromboembólico. A partir de 1998, por meio da ablação por radiofrequência, o tratamento da fibrilação atrial mudou completamente, porém junto a essa importante evolução também iniciaram as complicações advindas dessa técnica de tratamento ablativo. Além das estenoses das veias pulmonares causadas pela ablação e posteriormente corrigidas com a mudança da técnica, surgiram as fístulas átrio-esofágicas, devido à aplicação de radiofrequência na parede posterior do átrio esquerdo. Esta parede está bem próxima (0,5 cm em média) do esôfago, facilitando a formação da fístula que leva à morte quase 100% dos pacientes acometidos, apesar das diversas medidas de tratamento já desenvolvidas. Para evitar essa grave complicação, vários autores criaram técnicas para proteger o esôfago incluindo seu desvio mecânico para uma região oposta à da aplicação de radiofrequência, aproveitando a sua mobilidade e facilidadede abordagem. O desvio mecânico do esôfago tem se mostrado a forma mais simples, barata e eficiente de proteger esse órgão da lesão térmica da radiofrequência durante a ablação da fibrilação atrial.
Databáze: OpenAIRE