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A fibrilação atrial é a arritmia de maior prevalência na população mundial. Apesar do uso de antiarrítmicos, é de difícil controle clínico, ocasionando sintomas e principalmente gerando risco de um evento tromboembólico. A partir de 1998, por meio da ablação por radiofrequência, o tratamento da fibrilação atrial mudou completamente, porém junto a essa importante evolução também iniciaram as complicações advindas dessa técnica de tratamento ablativo. Além das estenoses das veias pulmonares causadas pela ablação e posteriormente corrigidas com a mudança da técnica, surgiram as fístulas átrio-esofágicas, devido à aplicação de radiofrequência na parede posterior do átrio esquerdo. Esta parede está bem próxima (0,5 cm em média) do esôfago, facilitando a formação da fístula que leva à morte quase 100% dos pacientes acometidos, apesar das diversas medidas de tratamento já desenvolvidas. Para evitar essa grave complicação, vários autores criaram técnicas para proteger o esôfago incluindo seu desvio mecânico para uma região oposta à da aplicação de radiofrequência, aproveitando a sua mobilidade e facilidadede abordagem. O desvio mecânico do esôfago tem se mostrado a forma mais simples, barata e eficiente de proteger esse órgão da lesão térmica da radiofrequência durante a ablação da fibrilação atrial. |