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As imagens por Ressonância Magnética (IRM) são amplamente utilizadas como técnica não invasiva para a avaliação dos tecidos moles com importante resolução espacial, com bom contraste entre estruturas, aumentam a diferenciação entre tecidos ou estruturas, e permitem uma avaliação dinâmica durante sua passagem ou acúmulo em determinada região do nosso corpo. Atualmente, os agentes de contraste mais utilizados na clínica são baseados em complexos paramagnéticos de gadolínio (CPGd), ou seja, substâncias paramagnéticas capazes de provocar substancial encurtamento dos tempos de relaxação longitudinal (T1) e transversal (T2 e T2*). Entretanto em condições específicas, como na insuficiência renal grave, seu uso é contraindicado, por aumentar a possibilidade do desenvolvimento da fibrose nefrogênica sistêmica (FNS), prejudicando ainda mais o paciente. Portanto, o desenvolvimento de novos agentes de contraste biocompatíveis que apresentem efeitos adversos reduzidos, são importantes. Nesse contexto, as nanopartículas são os nanobiomateriais ideais para tais aplicações, visto que é possível controlar o seu tamanho, formato e carga superficial, características que influenciam diretamente suas propriedades. Além disso, a superfície das nanopartículas também podem ser modificadas com diferentes classes de moléculas, conferindo propriedades desejáveis tais como paramagnetismo, targeting (entrega a sítio-dirigidas) ou terapêuticas e capazes de interagir com alta afinidade as estruturas celulares, por exemplo anticorpos, peptídeos e aptâmeros. A utilização das nanopartículas como agente de contraste ainda está na fase inicial com resultados promissores quanto a obtenção de imagens ponderadas em T1 com a visualização da via renal como rota de eliminação. E uma das etapas primordiais seria avaliar a nefrotoxicidade das nanopartículas principalmente em modelos experimentais de insuficiência renal tanto agudo como crônico. |