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No ambiente hospitalar, estão presentes agentes nocivos que possibilitam a ocorrência de acidentes de trabalho, dentre eles, o agente biológico, com o qual os profissionais de enfermagem estão em contato durante o exercício de sua profissão, devido à peculiaridade da assistência efetuada. O objetivo do estudo foi analisar o percentual de subnotificações de acidentes com material biológico de profissionais da enfermagem em um setor de urgência e emergência de um hospital do oeste do Paraná, caracterizar os acidentes de trabalho de acordo com as subnotificações e fatores associados; descrever o perfil dos profissionais de enfermagem que sofreram acidentes com material biológico. Trata-se de uma pesquisa de campo exploratória, descritiva, de abordagem quantitativa. Para a coleta de dados, foi utilizado um questionário com questões objetivas e subjetivas. A amostra dos participantes constituiu-se de 45 profissionais, sendo enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Os resultados encontrados foram: a prevalência feminina, representando 37 (87%) trabalhadores da faixa etária predominante, de 30 a 39 anos, o que consiste em 17 (37,77%) participantes; formação de nível técnico como categoria profissional com maior representatividade, compondo 24 (53%) trabalhadores; a predominância do número de trabalhadores, que relataram exposição ao material biológico, foi de 29 (64,45%) profissionais, dos quais 16 (35,55%) são técnicos de enfermagem; a partir do acidente de trabalho, evidenciou-se que 10 (22,23%) trabalhadores subnotificaram, definindo como justificativa, em sua maioria, falta de tempo, não quiseram passar pelo procedimento de tratamento por ATMB e não notificaram, pois os exames laboratoriais do paciente não apresentava nenhuma alteração. A pesquisa propiciou conhecer o percentual de subnotificação de acidente com material biológico de profissionais da enfermagem, assim como os fatores que estão associados para o profissional não preencher as fichas de notificações de acidente de trabalho. |